quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Por um instante.

Era assim todas as manhãs, quando eu acordasse ele já estaria lá para receber meus olhos abertos. Hoje não foi diferente, eu acordei com a mesma vontade do misterioso, de conversar com aquela parte que fazia parte de mim e não me deixava enchergar mais nada, por um pequeno instante. Mas pela tarde era como se eu pisasse e o chão se desfizesse, a base que me sutentava desaparecera como se nunca tivesse existido. Cansei dessa intensidade que substitui a minha ingenuidade, a minha força de querer sempre o melhor. Meu medo de perder o que já foi perdido ainda me torna fraca e ainda assim, sou forte. Continuo a sorrir com os olhos, mas com a impressão de que o cegarei em uma questão de tempo. Interrogo-me se ainda assim continuarei contagiada pela destreza de uma paixão qualquer, pelo valor barato de meus sentimentos imundos de um quase amor e, logo em seguida, respondo que não, não me culparei pela incapacidade, nem pela vulnerabilidade de sempre querer se aproximar, querer arrancar algo além do que se foi visto, exatamente o que se almeja ser. Cederei minhas reliquias, minhas botas e meu conforto, mas assim que a conformidade agregar-se, as tomarei novamente para mim. Eu digo que tentarei novamente, não pelos bons constumes do conservadorismo, mas sim pela sede de anarquismo guardado em mim. Me contradigo quando a noite chega. Dane-se a ética, o bom senso e a calmaria, eu estou bem.

3 comentários:

  1. Que esteja realmente bem, bem com você e na Paz do seu espírito

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  2. Poxa, amei seu Blog, Lizandra!
    Muito lindo, textos realmente bons.
    Estarei sempre por aqui.
    Abraço.
    P.S.: Adorei seu nome :D

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  3. Quebrem os espelhos. Faça uma visita. Belo.

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