quarta-feira, 28 de abril de 2010

Brilhem, estrelas, minhas estrelas.


Não sabia conjugar verbos monótonos, aquele dia, contubarção e engarrafamento de palavras, e mesmo assim, nada a reconhecia. Estado momentâneo aterráqueo, sentia que a terra não a comportava, eram apenas estrelas. Neologismos, neologismos...ecoava.
Resolveu procurar felicidade em suas horinhas de descuido e, mais uma vez, as estrelas a encontravam. Fugir, desaprendeste o que fora. Campainha de desilusões, dim dom. Uma desordem ordenada não a faria brilhar menos. Olhava para o céu e só o que via era a tal constelação, cada qual emitindo seu brilho, capacidade única de tocar seus olhos e a fazer refletir. As que estavam mais afastadas não deixavam de acariciá-la, e nem as mais ausentes, não deixavam de brilhar. As mais próximas, sua bússola. Quando o céu recolhia seu manto negro tudo continuava a brilhar, sorrisos contínuos e espontâneos em seu caminhar. O som do sol, as cores do vento e o brilho dos sorrisos seus. Novamente, escorra-te, negra-luz.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Liberdade de se fazer.


Depois de muito tempo, a exuberância no azul, e dessa vez, sem cortinas. O frio que aquecia minhas idéias, me fazia resgistar. E a sobrecarga? Eu estava certa de que era do tipo que vinha para o bem. 'Renovação', gritavam; e eu continuava a dar significados individuais aos seres e aos quase seres. Daqueles sentimentos pregados em minha alma, eu quase escolhi fugir. Fugir da minha verdade. Nunca. Era uma questão de valores, e jamais iria reabrir o que já havia sido cicatrizado. Dor que me estimulava a criar, deixava de ser muleta e tornava-se apenas estímulo, sempre para o bem.
A idéia de organizar pensamentos não me cabia. Aquele ser que só sabia falar enquanto o observavam, era o tal do aprendiz que esbanjava cultura. Podiam reinventar verdades a meu respeito, por fazer parte de mim, mas eu apenas guardava o meu eco para depois. Constantemente, pensamentos que percorriam aquela caixa e a mania de se coisificar. O frio ainda aquecia, muito mais do que os pensamentos murmuravam. Questão de tempo, e tudo voltaria a ser verde esperança, sem, ao menos, deixar de explicitar o azul interior. Virgulinas, satisfação. Era o som do se fazer novamente.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Gotas de silêncio.


Era um dilúvio de sonhos, a chuva desceu para nos encharcar. Sem que saibamos, dessa vez, caiu bem em cima de nós. Purificai-nos. Era costumeiro se perder em seus próprios pensamentos, sem quastão nenhuma de se achar. Vagava pela noite. Na noite chuvosa, a lua fazia sua entrada através da cortina de gotas, sem que seu brilho se apagasse no barulhento silêncio. Gotas, que ao tocar, emudeciam.

Muda, observo, e no enfim, registro. Deixo, dessa vez, elas contarem um segredo.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Senso incomum

Muito mais perto do que eu imaginava, também me fazia suspirar, transpirar e travar. Como meus hábitos eram de alguém que desenvolvia carinho pelo quase impossível, guardei. Penso na reconquista diária de um novo alguém, agora, no meu presente, prestes a tornar-se parte do futuro. Juntos, a outra parte.

Mergulho no imediato só para descobrir o mais improvável, e novamente, o imprevisível. Que dessa vez caia bem perto de mim. Repetindo-se, o pensamento fez-se fecundado.