quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

eram eles, os degraus...


eram as noites suntuosas que me faziam descer a escada da alforria para que eu me sentisse livre de tudo, inclusive de mim mesma. Descia para o chão nunca pisado, onde minhas mãos pudessem tocar e sentir a simplicidade de cada homem, e que no meu caminhar, meus pés descalços soubessem que viria escuridão, mas logo adiante a luz que eu sempre soube brilhar. Era importante demais estar em contanto com a garra de querer vencer todos os dias. Me via cheia de sonhos e expectativas e com uma vontade insaciável de tentar por mim mesma. Almejava uma saída, mas que quando eu voltasse, tudo estaria do mesmo modo, do jeito que eu deixei, sem que ninguém fizesse por mim. Não deixaria mais com que meu passado virasse poeira, com o que eu houvesse formado fosse perdido por momentos de prazer. Diria que aquelas ações não traçadas, agora me causam desconforto, impregnam minha carne e fazem meu coração jorrar indelicadezas, e assim, quase sinto minha alma calejar de conformismo, mas ainda não, percebo que há muito mais. Não me vejo obrigada a nadar no mar de lamentações, apenas continuo querendo as escadas que me fazem acordar de um sono mal dormido. Sinto que a missão de olhar para dentro e expulsar a dor do meu corpo e da minha mente ainda faz parte de mim e de todos os outros, indo e vindo no dançar de um pisca. Continuo descendo e ouvindo as deixas daquilo que já me perteceu, caindo sobre os degraus, e ainda me sinto viva e cheia de fé. Me questiono se são as futilidades de um quase ser, mas não, deleito-me das minhas verdades precavidas e concluo que é apenas maturidade. Sigo os passos dos meus, tropeço nas incertezas dos seus e guiam-me em direção aos nossos. Ainda é noite, e o que me resta são degraus infinitos para descer.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010


os dias continuavam a serem feitos e a minha preocupação já era outra. Questionamentos envolvidos de uma quase resposta já não era mais válida, não estava mais a procura de onde me esconder, quando havia contato, o medo me via e logo em seguida, se desfazia. Eu conseguia encontrar motivos em tudo que lia, comecei a achar que o otimismo havia me reencontrado. Mas hoje, quando acordei, senti vontade de destreza, aperto, conforto, deixei o dia seguir e minhas ações delinearem meus tropeços e a minha reerguida consumista. Agora, antes de dormir, me sinto amarrada as minhas próprias vontades, cheia de vácuos, de respostas sem perguntas. Convenço-me de que a luz falsa do meu quarto não me faz querer seguir, apenas mergulhar ao fundo infinito do meu ser, deixando com que as palavras me traduzam os limites pelos seres, imensamente, desenhados. Descubro que as letras ali criadas para olhos fartos de luta e dor, só alimentam minhas vontades mimadas de sempre querer mais, que seja para me esconder do medo que, momentanemente, desaparecia, ou para ousar sempre que me pedissem mais do que eu podia mostrar. Ser eu sempre que eu quisesse ser, sem me custar meus gestos ocultos, poder mostrar meu sorriso inocente sem perigar uma cobraça tardia, ver o que sempre quis ver, sem ter que me calar ou ouvir o que pudesse me decepcionar. Não tenho dúvida do meu otimismo diário, apenas insisto em trombar com meus questionamentos estagnados, com minhas perguntas respondidas e minha insistência repugnante. Vivo infectada pela insistência, mesmo depois de provar do gosto amargo da frustração e desilusão, mas também, da superação. Amanhã, saberei descrever minha alegria, meus apegos, minhas vontades e até minhas infelicidades. Um dia vivido é um dia inundado de contradições, onde somos obrigados a sentir o coração pulsar dor e ao mesmo tempo sorrir.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

De um jeito encantado, de ponta a ponta, a verdade erguida em um pedaço de pano branco. Os retalhos que, ainda não pertence a ele, unindo-se com o objetivo de tecer paz. Um momento em que apenas almejamos paz, paz de espírito, de coração e, ainda mais, nas ações que nos pega no momento em que estamos para errar. Sinto que, mesmo acertando, daqui há um tempo, será tarde demais. Agarro-me em minhas expectativas e luto por aquilo que acho justo, nem que por isso, eu acabe sendo tachada de louca.

'Se eu fosse acreditar mesmo em tudo o que penso, ficaria louco.'
Mario Quintana.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Eu sei que hoje algo me foi cedido além do que perambulava em minhas partes. Só sei dizer que cansei dos valores putrefados pregado na carne de um quase ser, digo que retomo minha sede de mudanças significativas. Desabafando as minhas palavras contidas, como uma torneira deixa sua água escorrer, deixando sair o que nos acalma, nos prontifica, nos embebeda de luz. Não me contento com um simples floreio, ou uma meia palavra fingindo desprezo, gosto do toque e da afetação, nada menos do que isso, não me interessa mais. Centenas de coisas supervalorizadas que não merecem valor algum.

um desabafo contínuo...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Por um instante.

Era assim todas as manhãs, quando eu acordasse ele já estaria lá para receber meus olhos abertos. Hoje não foi diferente, eu acordei com a mesma vontade do misterioso, de conversar com aquela parte que fazia parte de mim e não me deixava enchergar mais nada, por um pequeno instante. Mas pela tarde era como se eu pisasse e o chão se desfizesse, a base que me sutentava desaparecera como se nunca tivesse existido. Cansei dessa intensidade que substitui a minha ingenuidade, a minha força de querer sempre o melhor. Meu medo de perder o que já foi perdido ainda me torna fraca e ainda assim, sou forte. Continuo a sorrir com os olhos, mas com a impressão de que o cegarei em uma questão de tempo. Interrogo-me se ainda assim continuarei contagiada pela destreza de uma paixão qualquer, pelo valor barato de meus sentimentos imundos de um quase amor e, logo em seguida, respondo que não, não me culparei pela incapacidade, nem pela vulnerabilidade de sempre querer se aproximar, querer arrancar algo além do que se foi visto, exatamente o que se almeja ser. Cederei minhas reliquias, minhas botas e meu conforto, mas assim que a conformidade agregar-se, as tomarei novamente para mim. Eu digo que tentarei novamente, não pelos bons constumes do conservadorismo, mas sim pela sede de anarquismo guardado em mim. Me contradigo quando a noite chega. Dane-se a ética, o bom senso e a calmaria, eu estou bem.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sentir e ressentir.


Ponho-me a compor e recomponho-me quando a sede é o amor. Eu sempre acreditei em tudo que veio do coração. Continuo acreditando, mas acho que andei criando barreiras das quais foram fincadas em uma terra acimentada de incertezas. Incertezas que me dão, cada vez mais, a certeza de que tudo é muito súbito, no entanto, só depende de mim deixar com que as momentos não se tornem intensos demais. Mesmo assim, momentos vão se intensificando, me falta ar nos pulmões, minhas mãos congelam, invadindo os segundos de suspiro e, a minha vontade é de que tudo pare, inclusive a idéia de que tudo acontecerá novamente, exatamente igual. Meu coração dispara sem o motivo que eu esperava e eu continuo me deparando com fatos que não sustentam aquela emoção. Me sinto incurralada pelos meus próprios sentimentos e, insistentemente interrogada pelos meus pensamentos. Creio que as palavras enguliram-me no momento em que eu estava certa em relação a alguém e cuspiram-me agora, no momento em que eu penso que nunca sei quem foi. Mas mesmo assim, ainda receosa, eu acredito que posso descobrir algo na exceção, eu me aproximando e as pessoas recuando.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Calendocalendário.

Me lembrei do dia em que havia uma proporção de duas cores...

Um dia cinza;
Gota por gota manchando uma folha de papel;
Não sabia distinguir o preto do branco;
E aquele sentimento de que na próxima, o dia seria digno de merecimento.

Me lembrei do dia em que conheci um arco-íris...

Eu pintava meus passos coloridos;
Regava-os de coragem.
Abastecia meus pensamentos de raridade.
Amadurecia minhas ações.
Renovava meu sorriso.
Criava cores para um ser.
Usava e abusava de letrinhas auto-suficientes.
Foi aí que achei um pote. E nele não constava nenhuma lamentação.

Me lembrei do dia em que as lágrimas insistiam em escorrer...

Era a vez do passado vir à tona.
As lembranças dos dias vividos se estamparam em todos os rostos.
As ações engasgadas de uma timidez sem igual.
E a vontade de que tudo acontecesse outra vez.

Me lembrei do dia em que vi aquela tenda que não excluía nenhuma cor...

Uma bailarina com seus passos delicados.
Um contorcionista se conrtorcendo de emoções.
Um palhaço com seu blá blá envolvente.
E aqueles malabaristas movendo mundos do baixo para o alto, na infinita circuferência.
Eu deixava brotar um espetáculo inteiro.

Me lembrei que eu costumava me lembrar das coisas...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

um sendo.


Eu ainda guardo aquele breve momento em que tudo que me foi dito tomou-se forma. Diziam-me que o futuro seria o plano superior, e eu, como um bom ser humano, tentava materializar um céu, criando imagens humanas. Mas alguém com a alma totalmente prevlegiada nos propôs uma teoria-prática, tentou nos mostrar através de palavras-ações que um futuro real nos resgataria. Presumi exatamente o que haviam me dito, estávamos sendo testados e, a vida seria para que pudéssemos evoluir. No entanto, nada impedia que houvesse uma hierarquia. Absorvi argumentos aceitáveis doas que afirmavam que sem organização não haveria ordem, por isso que quando meus olhos captaram aquela imagem, não foi difícil similar a informação de que um dia eu também estaria lá. Era só uma questão de opinião, mas eu continuo não abrindo mão da vida longa-infinita que me ofereceram. Cotinuo ouvindo e aceitando que de planos em planos a evolução existe.

*esse foi escrito no dia 16 de setembro. Algo fluía enquanto eu me deparava com "Nosso Lar".

domingo, 19 de setembro de 2010

Duas partes de um.

Eu ainda me sinto culpada por não conseguir deslizar enquanto grito de emoções. Meus gritos internos me ensurdecem de quase caos, e o pior é que são gritos momentâneos, mutados e pendulares, por isso, os contínuos vêm seguidos de caricaturas alheias. Além disso, junto com a indignação dos meus olhos, os pingos andam cessando a minha sede e enchendo minha angústia de fartura. Continuo criando e renovando emoções, e assim, revolucionando o meu ser. Cutuco e retruco com o com tudo que é superficial, e mesmo assim, consigo enchergar o que realmente me toca. Dias pisados e marcados de pura indiferença, mas quando tento me desafazer do que impostamente se desfez, tudo volta á tona, tona, tona, tona....tonTa, continuo assim. O dia termina e a manhã renasce, minha tentativa de deslizar sobre verdades alheias e o passado recente ainda me consome. Depois de tudo passar eu diria que as manhãs foram estranhas, com idéias me absorvendo e meus pensamentos turbinados de interrogação, perguntas respondidas em imediato de atenção. Mas o medo de pirar era quase ambíguo. Quando viessem me perguntar eu saberia responder, mas se as perguntas atingissem direto em mim, responderia com outra pergunta e, para variar quase nada, as pessoas me jogariam aquele olhar de que eu nunca teria uma explicação para adeterminada existência, de que a interrogação fosse eu. Afirmaria que os pensamentos são mutantes e, que as palavras foram criadas para nunca mais seram apagadas.

'Não me olhe assim', eu diria para aqueles olhos que me faziam uma interrogação. Gritavam quase em silêncio e eu, no meio termo, refazia a icógnita. Eu gostava de saber dos laços que seriam feitos quando nos trombassemos, a minha timidez pendular e a sua vontade ambígua....

Uma dose intrínseca de realidade e uma maior de imaginação.



Peço desculpas pela intolerância e uma quase revolução interna, é que ainda estou contaminada pelos textos de um tal de Marx....

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

No fundo, me lembra alguém. E você também...


Suave as gotas límpidas da chuva de outono, aveludada a mão ingênua da criança, cristalizado o sorriso cômico do palhaço e embasbacada a menina que achava que já havia vivido de tudo. Os dias continuavam muito mais momentâneos do que rotineiros, sua voz, mais radical, do que conservadora e, sua cabeça, muito mais quente do que fogueira de São João. Levantou-se naquela manhã, completando 19 primaveras e, ainda assim não era o suficiente. Sentia que seus dias seriam eternamente floridos, uma primavera de cores. Estações que iam e viam ao longo do dia, mas que nunca, uma flor deixaria de florir. O orvalho pingava sussurrando silêncio e ela gargalhava proprondo algazarra. Havia desistido de tudo balanceado, em sua imaginação, era tudo exacerbado. Continuava recitando palavras como ninguém, algumas ela cantava, outras ela soletrava e a maioria ela juntava. Aqueles montinhos escritos formariam o que ela chamava de tipagem eufórica. Ela havia emitido-criado mais um. Achava que, acidentalmente, suas lágrimas poderiam encher um mar de lamentações, mas o que realmente queria, eram boas recordações.
Ela dizia que sua janela só mostrava pluralidade insana e, de tudo aquilo, ela iriar desfrutar da singularidade mundana, usurfruindo dos resquícios bondosos que ainda haviam restado. Não conseguia mais andar entre muletas, limitação lembrava muito suas vidas caretas. Só seguia em diante, quando seus dias amanhececem claros, como aquela manhã de primavera. Se escuros, acenderia sua imaginação, de tão brincalhona que era. Amanhã, ainda seria florido e o dia claro, continuaria corrido. Assim, mais um dia louco e feliz e, mais um rima tempestuosa e aprendiz. Aquela rima em você, e você, naquela rima. Era tudo arritimia, continuaria.

E até aquele dia ele brincou de rimar, depois disso, tudo foi de arrepiar, ela simplesmente aprendeu a voar!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

ALTOS e baixos.


Era por aquela mínima fresta que eu enchergava tudo o que estava ocorrendo. Olhava para fora e só o que eu via era o chão mais em baixo, o chão em que eu pisava era alto e comportva realidade. Naquele mommento, como todos os outros, eu estava sabendo ouvir, mas ao mesmo tempo, observando as folhas correrem para baixo.Olhava para cima e meus olhos encontravam o sole, para baixo, um toque a mais e diferente da minha vontade. Era costumeiro a observação da diferença humana. Havia deslizamentos sem cobrança, ficadores de certeza, ingenuidade disfarçadas, inveja reprimida, felicidade compartilhada e, muito mais, sempre cada um aumentando seu espaço. Eram sutilezas que caminhavam ao nosso redor e mesmo assim que continuava gostando de sussurrar em branco. Eu sabia que a diferença me enchergaria, notaria cada momento como se fosse um novo. Para alguns, o começo, para outros, o fim e para a maioria, enfim o recomeço. O engraçao é que continuavam a falar, e eu, tão perto, não consegui absorver, era uma fresta que me consumia até quando não hovesse mais luz, eu ainda conseguiria enchergar. Fazia tempo que essa vontade não me consumia. Dessa vez, boa energias para eu trasformá-las em palavras. Não existia mais vontade de dor para que houvesse registros, asmuletas em que eu me pendurava me concederam asas para que eu redescobrisse o que era voar. Continuava a olhar. Tinha consciência de que a qualquer momento eu estaria em baixo, participando do emaranhado de diferenças, onde o foco seria outro. Seria como se eu pertencesse, agora, a fresta de alguém. Alguém olhava e resgitrava junto a mim. Novamente eu estaria em cima, redescobrindo fretas. Eu sabia que eu sempre poderia criar, em cima, em baixo e, muito mais, quando houvesse o meio termo, saberia observar enquanto as pessoas me observam.

Haveria comodidade em suas palavras?! Ela apenas passou pelas duas fases...a pequena lagarta e a exuberante borboleta.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Perd(eu)-se achando-se.

é, o ares haviam mudado, brisas frias e quentes em seu cangote, e seus pés, borbulhando de vontade de um solo nunca pisado. Ela só precisava da estrada para achar um caminho, dos dias incertos, muito mais do que ela, de nascer em cada lugar belo, e a escuridão? Apenas as das cavernas. Carregava ali, em suas costas, tudo e seus sonhos. Um coração destrambelhado gritando e encarando a rotina. Seu corpo quente nunca mais sentiria frio.

...

um brilho rosado em seus calcanhares, uma xícara de chá nunca tombada, uma luz em seus olhos sempre acesa e mais, nunca parava. Era só fechar os olhos e lá estava, nada mais seria estático.

...

o ônibus balançava de encontro ao meu, paisagens diversas passavam por mim. Vida perdida, concreto a vista, e mesmo assim existia liberdade. Liberdade das cores.

...

o som da batida...

Frangmentos criados em um dia frio, o barulho do vento em meus cabelos, o calor humano em meus pensamentos e a solidão alcançada pela minha vontade...Apenas fragmentos de um dia toltamente vivo. Nem menos, nem mais, apenas vivido.

Eu ainda escolho sorrir! Sim, eu sou feliz.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Liberdade, até de cor.


Hoje eu vi uma flor, curiosa flor. Nem cheiro, nem cor, estagnada flor. Era estranho sua forma de mover-se, movia-se entrelaçada ao vento, se não, não existia movimento. Era hora de alimentar-se, ou continuava a ir e a voltar, ou a se perder. Soltava-se de si, como se nunca houvesse prendimento. Era só o vento bater que ela não saberia mais o que seria solidão. Resolvi oferecer liberdade. Pela primeira vez, algo libertava-se sem ser por si só. Assoprei, migalhas de pó branco espalharam-se sobre o céu aveludado, voavam, como se nunca mais fosse existir chão ou finidade. Coletividade, talvez um dia tivesse existido, mas agora, era só as cores de ser alguém que nunca tivesse sido, ver coisas que nunca tivesse visto e sentir novidades que nunca tivesse sentido. Era pura magia, oberservar a liberdade dos seres, as cores vivas. Senti que eu podia voar com elas, ou se não, de encontro a elas. Sabia que boas energias eram sopradas e eu só pensava em me misturar a tudo aquilo em que eu observava. Foi tão esplendoroso, que eu tive vontade de guardá-las para mim, mas através das palavras, faço cores minhas para que possam colorir o alheio. Apenas eu pude guardar o momento, mas continuo registrando com magia. Todos esperavam o amarelo, a luz que me fazia criar. Mas não, dessa vez, não havia cor, não havia nada que estivesse preso a algo, era só assoprar e pronto, tudo se fazia. Mas sabe...hoje eu vi uma flor.

sábado, 31 de julho de 2010

As(sim).


Um pouco de palavras trançadas para que minha caminhada seja parcialmente correta. Errei sim, mas com a certeza de que logo em seguida viria o acerto, ando aprendendo com meus erros. Esse estado momentâneo que me faz sorrir, sem motivo algum, em que eu apenas respiro e não procuro respostas dói muito menos e diz muito mais como eu sou, como eu sigo a linha dos meus dias. A questão não é dizer como se deve fazer, é apenas agir, acredito que, dessa vez eu sairei impune. Não acredito que viver seja apenas olhar para dentro, mas preciso ter certeza de que me enchergo como verdade, não posso me deixar abater pelas incertzas do mundo, preciso continuar lutando pelo o que é bom, para mim e para vocês. Tudo o que me oferecem é destituído de certeza, mas eu fecho os olhos e entro, entro nesse emaranhado e não pretendo sair ilesa, mas pensando que tudo serviu de lição. Não direi que não setirei falta, mas os dias em que eu pisei no gramado da vida com cautela acabaram, eu sempre soube que ousar era o que eu almejava. Nada disso, hoje, eu adoto concepções gritantes e que nunca foram ouvidas. Eu sigo e todos seguem, se não ao meu lado, mas junto comigo. Corro para dentro das minhas vontades, transformo-as em ações e sem pensar em recompensas, um lindo sorriso brilha. Continuarei me entregando do mesmo jeito. Intensidade que eu nunca contive, dessa vez prefiro não entender o que meu coração pulsa, seu silêncio momentâneo é quase preocupante. Logo em seguida, na mesma intensidade do sol, quente e acolhedor. Eu apenas acordei renovada, com vontade de um noviço amor.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Palavreando...


E não é que as palavras quase escaparam no momento em que não deveriam estar presas? Dessa vez, elas se contiveram, como todas as outras. Elas têm sede de vento, mas não, algo as impedem de jorrar impulsos, sentimentos. Elas voltavam todas para dentro como se nunca pudesse haver liberdade. Mas houve uma descoberta, e não faz muito. Dedos também sabiam falar, ou até mesmo, gritar, ainda mais, no silêncio dos pensamentos. Acreditavam que havia sinceridade nos registros, se não igualmente, mas mais do que o som. Ela só sabia expulsar o que a encomodava, ou a evoluir, com a ajuda das palavras escritas. Ênfase em algum sentimento que sabia fazer verdades, o tal que sabia quando palavras iriam surgir, ou até mesmo quando o coração iria pulsar emoções jamais conhecidas. No momento em que a angústia aparecesse, o sorriso iria se fazer logo em seguida, assim mesmo acontecia com a sua raiva, muito mais momentânea do que o sua própria essência. Em seguida, a admiração, a vontade de sempre estar perto. Ela pensava; 'É pecado acreditar na sinceridade do coração?' Sentimentos vêm e vão como ondas, ondas que chegam, encharcam sua alma de incertezas e logo vão embora como se nunca fosse olhar para trás, seguindo seu caminho. Talvez um dia volte e se lembre. Depois disso é só palavrear, é a maior intensidade que se pode encontrar. Na ousadia das palavras nasce conforto, compreensão, acalanto, e muito alívio....Palavreie.

*Escrevi do jeito que os sentimentos surgiram para mim. Sentimentos fartos de desconfiança, insegurança e, principalmente, com dificuldade de compreensão. Continuo palavreando, quem sabe um dia, eu saberei decifrar o que meu coração pulsa.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Fragmento perdido em mim.

Aqueles suspiros agoniantes continuam a me fazer tremer, será que você me possuirá pra sempre?
Gostaria de me livrar de você, assim como você se livrou de mim, parecia ser tão fácil. Continuo praticando o despego, mas eu receio que não seja verdade, costumo me apegar ao que me faz bem. Ainda assim, existem pessoas que caminham junto a mim e acreditam que essa marca sumirá. Não falo de mim para me explicar, não acho que seja necessário. Creio que sejam apenas registros que um dia serão amassados e jogados ao vento, assim como minha fissura por você. Finjo saber falar de sentimentos, finjo não me importar quando você não se importa, já cheguei a fingir a ser quem não sou. Hoje, tenho certeza das minhas conquistas, das minhas incertezas, dos meus enganos, das minhas pegadas mal feitas e muito mais, das minhas escolhas. Foi tudo traçado e trilhado para o bem, o que falta é desenvolvimento, um desenvolvimento meu e das minhas idéias que te dizem ou não a respeito. Sei que saberei falar que um certo dia eu gostei de você, olhando-te nos olhos, que se você sumir, será para o bem, e que quando você voltar, oferecerei amizade mútua e, principalmente, que eu sempre soube ser. Não me esconderei mais atrás das minhas verdades.
Falarei pouco, dessa vez, foi o pouco que restou.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Primórdias confissões! Do jeito que chegou, se foi...

Deixando que o tempo se encarregue de sua cicatrização... Enquanto ainda sente sua essência junto a dele, vai fazendo pingar gotas de segurança em seu coração, gotas vermelhas que exalam frangâncias famintas de desejo. Um desejo desprovido de perdas, já foi feita a promessa de que tudo ficaria bem, e ela iria poder seguir seus passos. Suas palpitações remotas eram mais invasivas do que seus pensamentos, mas mesmo assim seu sorriso havia de se abrir. Era como se fosse sua conquista de cada dia. Um sorriso aberto, um dia iluminado. Apesar das batalhas parcialmente vencidas, borrões e buracos ficavam estampados e despreenchidos, mas muito mais, um broto de luz. Cortinas desbaratinadas e bondosamente incovenientes se abriam e, sorrisos corriam para os rostos alheios, inclusive para o seu. Uma turbulência de emoções a balançavam a ponto de fazê-la cair em si. Já não era mais a mão que a acalantava, ou os braços que a rodeavam de proteção, era apenas apoio, apoio mútuo para que todos vencessem. Ela, com seu mistério crescente, rodeada de energias e ele com sua inconstância permanente. Era curioso como tudo em sua vida circulava, sua maneira de agir, sua maneira de pensar e seus gestos. Caminhava e caminhava, feito um andarilho. Embora suas idéias partissem do mesmo lugar, suas raízes a puchavam de volta. Gritava por um marasmo libertário, ousava mais do que qualquer um, percorria lugares desconhecidos, possuía um prazer de sorrir, do mesmo modo que o beija-flor busca sua flor. No entanto, aos poucos e no caminho, suas forças eram sugadas e suas decepções a faziam voltar. Sua alma andarilha nunca deixou de gritar, gritava poder de escolha, astúcia, personalidade, mas acabava voltando. Ela sempre ouvia da boca que sabia falar que o movimento era a solução de todos os problemas, e que em suas crises supremas, estagnar era o martírio, o fim de tudo. E enfim, o que podia ser chamado de consquita, sonho, algo que se almeja, seria algo que a fizesse percorrer e nunca parar. Ela continuava andando em círculos, nem para pensar ela parava, não queria que tudo fosse perdido. Sua volta era em função do que ela tinha de mais precioso e principalmente para repor energias. Sentia que havia mais, mais do que tudo aquilo que a aguardava, sabia que tinha vivido muito, que havia ouvido muitas bocas, mas tinha certeza que algo maior estava sendo preparado para ela, sabia que havia muito mais para se viver. Embora soubesse que muito havia se feito, e até ali, o estágio evoluído seria quase um extremo, lutava pelo amor. Amava o movimento, amava os que falavam, e os que se calavam também, e muito mais os que não desistiam, continuavam adiando. Um fim proveitoso havia de chegar, e o fixo seria apenas o que ela possuía de melhor, suas raízes de ouro. Sua mania de circular jamais seria perdida, sabia que o sol iria nascer e se pôr sempre no mesmo lugar, mas ela, a cada dia que passasse, estaria em um lugar diferente, cultivando felicidade.

sábado, 3 de julho de 2010

Transbordou!

E dessa vez é como se eu gritasse, todos olhassem e não me vissem. Os sentimentos andam me consumindo de forma apavorante, de uma forma que eu não consigo controlar. Cansei de jogar minhas palavras ao vento, derramar minhas lágrimas ao solo, e até mesmo registrar momentos, continuarei os guardando para mim. Pode ser que continuem me machucando, me fazendo sangrar, mas prefiro me afogar em minhas verdades, do que deixar com que pisem nelas. Não sei ouvir pela metade, acredito no que me dizem, principalmente, quando os olhos sorriem juntamente com os lábios, mas dessa vez não, eles se fecharam como se um broto de rosa nunca mais fosse se abrir. Volto a deixar as contradições me consumirem e guiar-me, mas NUNCA me perdendo no que eu sou. Não grito frustrações e arrependimentos, apenas recomeço com um ponto final. Hoje, me esgoto profundamente, cansei de gritar, cansei de chorar, mas nunca de amar e sorrir, acredito que tudo isso seja o suficiente para nos fazer fugir, mas muito mais para nos ensinar que maturidade existe. Sinos de infinidade batem em meu coração, pretendo seguir. Meus passos pesados em direção a um futuro incerto, sempre foi assim. Mas nunca esquecerei o dia em que eles foram leves, quase inexistentes, a ponto de não sentirem mais o chão e me ajudassem a voar. Voando em direção ao desconhonhecido, era assim que eu sonhava. Continuo sonhando. Nuvens, ar puro, o céu azul cedendo lugar ao negro, e aqueles pingos de acalanto rodeando a luz-mãe. Um verde em que vejo e me apego, e sem dúvida, a sinfonia diária que é criada para meus ouvidos. Nada dos meus sonhos vão se evaporar, apenas caminho com mais segurança, apelando para sussuros e palavras fartas de pronúncias. Eu sempre soube como tudo iria correr depois do dia em que me disseram que contos de fadas não existem, mas acostumada a seguir segurando em mãos seguras, dessa vez as soltei, por passos deserrantes, segui meu coração e, mais uma vez, tropecei. Creio que levantarei em tempo, enquanto sento e conto-te um conto, meus olhos miram fuga e compreensão. Eu sei que o tempo me cederá horas mais agradáveis para falar de sentimentos, enquanto isso, voltarei a guardá-los em minhas gavetas.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Insistência fragmentada. . .

E não é que as idéias vão surgindo, sem exigência nenhuma de organização. Ela se renovando a cada dia, exigindo de si, às vezes muito mais do que é capaz, as coisas vão zunindo e se desfazendo, mas o que ela procura são apenas respostas, respostas que no silêncio, gritam...

gritam de carinho e desespero. Não a decepciona não saber o caminho a que percorrer, mas sim se deparar com o mesmo, o ontem igual. Hoje é o que ela mais quer, o amanhã a faz sofrer, e mesmo assim, ela insiste, insiste em sua eterna busca...insiste em pensar que tudo o que é verdadeiro é eterno...

ela continua dizendo que uma explosão seria mais silenciosa, sentimento é barulho, e ela quase ensurdecendo, insiste...

depois de uma explosão interna, ela se cala, e novamente, tudo que era canalizado para fora, se volta contra ela...

fragmentos de uma vida em que ela insiste em retornar, conhecer e reconhcer, e principalmente, sorrir. Tudo oscila...ela insiste em existir, muito mais, em viver.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Começo de semana.


Não era um dia mais que os outros, apenas horas de puro aconchego, o frio se infiltrava em minhas entranhas, mas aquecia meus olhos, os enchia de amor e de ansiedade. Uma vontade que me consumia, a de chegar até o topo daquela montanha e olhar para todo o espaço que o bicho ainda não havia devorado. Participava da imensidão azul dos pássaros e resgatava, cada vez mais, ar puro para meus pulmões. Um contraste imediato consumia meus olhos, cores quentes e frias excitavam-me, e em seguida, a calmaria. Liberdade extrema ainda não nos pertencia, o frio exigia abrigo. Enlaçado ao fogo que nos aquecia, tornou-se suportável, mas mesmo assim, ainda havia concreto. Para a maioria que ali pertencia, nada mais que demonstração-percepção, para mim, muito mais do que civilização. Mais contrastes. Era hora de sentar-se em frente ao sol e aplaudir o espetáculo do dia, canções brotavam de minha boca, sons mirabolantes em meu ouvidos, cores em fusão com meus olhos e, minhas mãos em contato com o solo aveludado, sentidos-vivos. Segundos eram suficientes para clamar por sonhos, saudades, imensidão, foi um momento em que nada me escapou. Uma solidão de que todos compartilhavam, e mais uma vez, me perdi em mim mesma, torcendo para que ningém me encontrasse. No momento em que os pingos de luz caíam sobre minha cabeça, sabia que o dia seguinte seria quase diferente, ou igualmente reluzente. Quando abri os olhos novamente, era dia, e só o que eu via, eram aquelas lonas verdes, estendidas bem no baixo, outras bem no alto, quase do meu tamanho, e a única coisa que me disseram foi a respeito dos campos, campos que pertenciam a um tal de Jordão. Feliz esse que soube preservar seu verde.

domingo, 6 de junho de 2010

Esse é um para você.


Sinto novamente o prelúdio, mais do que o alívio. Curo a minha vontade de tecer em torno de você, mas que sirva para você, assim como coube em mim. Ao ter aquela visão, meu coração martelava e doía de emoções boas. Me agradava me encontrar em tal situação, a de não ter para onde ir e seguir para onde almejo chegar, você de encontro aos meus. Que seja como a cadente, mais ainda que continue me guiando sem saber. Portanto, peço que fique. Insisto nessa minha busca persistente de aprender ser. Embora minha busca seja por muitas coisas que não se permitem aparecer, agora eu só busco. Busco em você, como nunca busquei em outros. Uma vontade que não me fazia falta, até agora. A resposta ainda é desconhecida quando as pessoas me perguntam por que você, mas eu ouso dizer que é por não saber que eu não escolhi você, sua singularidade caiu quase em cima de mim. Digo quase porque se trata de uma essência misteriosa. Não o nomeio de amor, mas continuo adorando cultivar o sentimento de amizade única. Ainda lembro do dia em que eu estava a te reconhecer, naquele momento, foi um tipo de beijo único enlaçado a um suspiro que eu ainda possuo.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Seguirdor do sol, girassol.


Um rumo imprevisto das coisas, direto para perto de nós! Hoje, escolhi escrever sobre o alheio (de novo e novamente), os pássaros que profundamente cantam, as ávores que possivelmente balançam brisas de acalanto, o sol que aquece-nos o corpo, e as flores que nos trazem a sabedoria do olhar. Sorrisos floridos em mim, desde que o campo amarelo surgiu, mais do que nunca, sou feliz. Minha felicidade brota assim como meu amor sente sede de liberdade, tão abrangente e contagiante quanto aquele seguidor do sol. Para o meu agrado, havia mais do que um único. Cubículo imensurável que iluminava meus dias. Suas energias transbordam a ponto de me redescobrir em meio ao concreto. Girassol, murmuro que o querer é mútuo. Sei que essa bússola guia mais do que o normal, mas não importa quantas vezes sua seta rode, o norte será sempre em mim.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Além do pseudomundo.


Por dentro eu grito, por fora as pessoas nem imaginam o que se passa, elas apenas passam. Sem ao menos querer, essências se fundem, e com a certeza de que tudo um dia será um caos, uma única orbita. Gostaria de deixar tudo que me desconforta, e levar apenas as horas de prazer. Momentos em que sorrisos se abrem, ainda prevalece nesse falso mundo, onde o equilíbrio e o bom senso se perdem. Delimitando meus passos, caminho em direção ao desejado, imprevisibilidade e tudo mais. Procuro motivos para que o singular me pluralize, sem me deixar absorver, perder meus ideais, apenas afirmo que almejo mostrar quem sou. Sensibilidade, seguida de razão, comportando inconstância, resultando sonhos fartos de cor; seria apenas aceitação, ou até mesmo, o máximo, sentir-me bem. Talvez não devesse delimitar. Grito de amor e não de desespero.

Sonhar, mesmo que seja com você. Tudo que me disseste foi absorvido. Não me culpo pelo fato de deixar meu coração guiar-me mais que minhas pernas, ainda penso que o dia em que eu estiver sentada em frente a essa tal exuberância colorida, será com você. Você, alma que me fortalece, que me enche de esperanças, que me faz criar e crescer. Não penso neste pseudomundo farto em regressão, penso no plano em que almas misturam-se e ascendem. O dia em que tudo isso acontecer, nos reconheceremos e tudo que foi vivido será multiplicado. Pela última vez, o toque, por isso, te digo "Prazer em conhecer-te."

Quando voltarmos a este mundo, eu nunca mais serei a mesma. Se nos encontrarmos, serei você. Novamente, prazer em reconhecer-te.

sábado, 8 de maio de 2010

o meu ser e o seu, nosso.

Faço de hoje, a música que fertiliza meus ouvidos, os acordes do meu ser, infinitos e abundantes. Meus olhos almejam cor, mais cor do que eles comportam, e a essência, maior do que aquele grão que cresceu exacerbadamente. Saio eternamente da escuridão, deixo que os outros se aproximem e compartilhem sentimentos, continuo a ser getilileza, amor e sempre adquirindo maturidade. Penso nos meus erros como sendo passos deserrantes, caminho para a nossa satisfação e vejo o dia em que estaremos sentados em frente a nossa felicidade e chegaremos perto para usurfruir da mesma, sim, nós. Será sempre o bastante para todos. Vibro quando vejo estampas de sorrisos, assim como meus ouvidos, a música do refrão constante, repetição exuberante. Ainda guardo os fragmentos cativados em mim, não que tu sejas eternamente responsável, mas parcialmente uma parte considerável do meu ser. Não a partir destes, mas desde que me convidaram à vida, faço e refaço meus pensamentos, construo e reconstruo meus sonhos, e naquela conclusão incerta, tudo caminha para a nossa realização. Sou e convido-te a ser, nada mais e nunca mais, arrependimento. Sei que deixo em ti fragmentações, concedo-as a ti. Conforme-se, eu ainda faço parte deste mundo. Mar de lamentações, seca-te, possibilidade de ilusões, acaba-te, e tentativa de amor, consuma-me. Eternamente verdadeiro. Não canso de explicitar sentimentos. Deixo de ser existência anônima e sigo sendo autônoma. No momento em que me disserem que minhas possibilidades são indiferentes, direi que sou apenas construção.

"Mesmo quando estamos vazios de pensamento, não desistimos de nossa capacidade de pensar."

Heidegger.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

verde tenda, verde...


Passava, lentamente, pela tenda verde e os seres que ali habitavam, sorriam para mim. Os bicos quase redondos tocavam a mãe casca, as asas que comportavam as cores divinas esvoaçavam; deles dois, o pouso no galho. Um único, da mesmsa espécie que a minha, me parecia que algo o desaquecia, mas nunca se arrependia. Longe dali, a vontade de permanecer assim, os momentos de reflexão me proporcionavam solidão e eu, levantava voo, mas com a certeza de que a matéria continuaria ali. Continuava observar a mutação mundana e mais rápido do que aquele milésimo, eu me renovava. Foi aí que me dei conta de que eu também fazia parte do todo. Para que tudo continuasse estagnado, bastava eu continuar caminhando de olhos fechados. Abismos, foi com o que me deparei. Por pouco tempo, tive a impressão de que meus olhos não existiam mais, surgindo a dúvida, minha alma recomeçaria cega. No toque aveludado da água realmente doce, devolveram a mim, a renovação. Tinha consciência de que o mundo me comportava, e com a certeza de que o amanhã viria, eu sabia que meus pensamentos eram típicos incomuns. Assim, a partir deles, minha tenda seria, novamente, quase-totalmente verde.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Brilhem, estrelas, minhas estrelas.


Não sabia conjugar verbos monótonos, aquele dia, contubarção e engarrafamento de palavras, e mesmo assim, nada a reconhecia. Estado momentâneo aterráqueo, sentia que a terra não a comportava, eram apenas estrelas. Neologismos, neologismos...ecoava.
Resolveu procurar felicidade em suas horinhas de descuido e, mais uma vez, as estrelas a encontravam. Fugir, desaprendeste o que fora. Campainha de desilusões, dim dom. Uma desordem ordenada não a faria brilhar menos. Olhava para o céu e só o que via era a tal constelação, cada qual emitindo seu brilho, capacidade única de tocar seus olhos e a fazer refletir. As que estavam mais afastadas não deixavam de acariciá-la, e nem as mais ausentes, não deixavam de brilhar. As mais próximas, sua bússola. Quando o céu recolhia seu manto negro tudo continuava a brilhar, sorrisos contínuos e espontâneos em seu caminhar. O som do sol, as cores do vento e o brilho dos sorrisos seus. Novamente, escorra-te, negra-luz.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Liberdade de se fazer.


Depois de muito tempo, a exuberância no azul, e dessa vez, sem cortinas. O frio que aquecia minhas idéias, me fazia resgistar. E a sobrecarga? Eu estava certa de que era do tipo que vinha para o bem. 'Renovação', gritavam; e eu continuava a dar significados individuais aos seres e aos quase seres. Daqueles sentimentos pregados em minha alma, eu quase escolhi fugir. Fugir da minha verdade. Nunca. Era uma questão de valores, e jamais iria reabrir o que já havia sido cicatrizado. Dor que me estimulava a criar, deixava de ser muleta e tornava-se apenas estímulo, sempre para o bem.
A idéia de organizar pensamentos não me cabia. Aquele ser que só sabia falar enquanto o observavam, era o tal do aprendiz que esbanjava cultura. Podiam reinventar verdades a meu respeito, por fazer parte de mim, mas eu apenas guardava o meu eco para depois. Constantemente, pensamentos que percorriam aquela caixa e a mania de se coisificar. O frio ainda aquecia, muito mais do que os pensamentos murmuravam. Questão de tempo, e tudo voltaria a ser verde esperança, sem, ao menos, deixar de explicitar o azul interior. Virgulinas, satisfação. Era o som do se fazer novamente.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Gotas de silêncio.


Era um dilúvio de sonhos, a chuva desceu para nos encharcar. Sem que saibamos, dessa vez, caiu bem em cima de nós. Purificai-nos. Era costumeiro se perder em seus próprios pensamentos, sem quastão nenhuma de se achar. Vagava pela noite. Na noite chuvosa, a lua fazia sua entrada através da cortina de gotas, sem que seu brilho se apagasse no barulhento silêncio. Gotas, que ao tocar, emudeciam.

Muda, observo, e no enfim, registro. Deixo, dessa vez, elas contarem um segredo.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Senso incomum

Muito mais perto do que eu imaginava, também me fazia suspirar, transpirar e travar. Como meus hábitos eram de alguém que desenvolvia carinho pelo quase impossível, guardei. Penso na reconquista diária de um novo alguém, agora, no meu presente, prestes a tornar-se parte do futuro. Juntos, a outra parte.

Mergulho no imediato só para descobrir o mais improvável, e novamente, o imprevisível. Que dessa vez caia bem perto de mim. Repetindo-se, o pensamento fez-se fecundado.

domingo, 28 de março de 2010

A África dos meus sonhos.


Em um surto diário redijo algo além do egocentrismo, dessa vez, algo em prol da união, não apenas interna. Verbalizo pensamentos e almejo realizações, que não seja apenas um sonho.

Hoje, me encontro no berço da humanidade. Moçambique, soou súbito. Acordo-me e não vejo nada que me entristeça. O verde, onde quer que eu me encontrasse desviava a atenção de meus olhos. Em um momento de ansiedade em registrar tudo o que me era prazeroso, as criaçans se aproximavam. Eu, na minha mais presente ignorância, oferecia meu pão e apenas pensava na fome. A menina do laço agradecia e dizia que a aguardavam para mais uma refeição. Nada mais que excêntrico no momento. Eu havia aprendido que a África era a terra da desigualdade imposta, primitiva e da fome constante. Tudo iria contra tudo que que me haviam proporcionado. Aquela mínima parte em que me esclareciam que, para conflitos como esse não havia solução, era mais uma vez sede de poder. Eu sempre acreditei em um mundo melhor, onde a parte valia pelo todo. Não haviam mais conflitos raciais. Tanto a do sul, como a do norte faziam parte da mesma linhagem. Para mim era só o começo. Eu só queria saber de observação e que aquele momento único não acabasse jamais. Um sorriso aberto nos lábios de quem nunca soube o que era felicidade. A África diferente de todos os outros, inclusive dela.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Positividade

Hoje, a música teceu palavras que me esclarecem.

Eu me precipitei
com coisas que pensei
e recebi uma grande lição:
Nem tudo é como a gente quer.
Desde então finquei meus pés no chão.

Sou réu, confesso,
e nesses versos assumo
já que errei.
Liberdade eu tanto prezo quanto prego
mas desrespeitei.
A felicidade tanto existe
quanto insiste todo dia,
basta eu captar.

Sentimento não dá pra se cobrar
Amor é coisa pra se conquistar
Lua cheia
O ton de odoiá
doce som do mar.

Vibrações Rasta - Eu me precipitei.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Desordem crescente


Saudades de tudo aquilo que particularmente me acrescenta. Uma falta tremenda daquilo que nunca me pertenceu. Estaria completa do que me circunda, mas o mais sempre me agradou. Circunda-me e acrescento-te. Espere o dia em que não haja mais contradições, se ele não chegar, irás conhecer a infinidade que possuímos. Sempre, o amansamento do prozear, aceitar e impossivelmente revidar, mas agora a brutalidade da quase imposição. Sentia que minha inocência me escapava pelos dedos. Nada mais começava do fim. Meus registros deixavam de ser muletas.

Continuava escrevendo. Rotina para minhas mãos, fartura para meus olhos e mais ainda, inquietação para meu coração. Meu caleidoscópio de idéias. O verde me oferecia liberdade, o amarelo, infinitamente, a luz e o vermelho, meu prazer interrompido. E na fusão, fez-se a música. Nada mais me pertencia, eu só sabia ouvir. As palavras? Eu já não as possuía mais.

Nesse fragmento, a RAIVA, sempre momentânea, mas continuamente incômoda. Na realidade, a chamavam de ciúmes, mas no mundo onde prevalecia a calma, seria sempre a parte mais linda do todo, o equilíbrio. Apesar das gotas na face escorregadia, eu desejo, com toda a minha essência, a paz. E aquela, que seja eternamente passageira.

Que tudo continue subentendido e fragmentado, testando fins e encontrando meios. Para mim, seu toque eterno. Para você, meu mais sincero jargão. Para nós, o infinito estritamente particular.

Hoje, foi bom falhar. Amanhã, melhor ainda, sonhar. Renovações é o que eu espero. E o sorriso, eternamente pregado em mim. Assim, mais uma vez, o silêncio do meu grito.

Antes de dizerem que eu elouqueci, palavras de acalanto brotaram. Agora mais do que nunca, a mudez. E ninguém sabe até quando, imensa estagnação.

Repetindo-se, o silêncio do choro.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Análise pessoalmente sintática.


Escrevo com o intuito de tocar-te também, sujeito oculto. Hoje, sujeito pensante, desejo, entre olhares, eu povoando seu pensamento. Oculto e pensante, mas muito mais intenso, ao meu ver. Povoando-me, dessa vez, suas palavaras e seu silêncio se encontravam além de mim, e logo em seguida, poesia. Atentamente, observava sua facilidade de ser emoções, e concluía, não eram apenas sensações, também havia a capacidade de absorver tudo o que lhe era conveniente, ou não. Reafirmava, aquela necessidade de sujeitos quase simples, únicos, sempre tentando adaptação; dizia, 'sou o que sou, senhora identidade'. No entanto, com uma essência única, mas parcialmente oculta, não mudava, dava significado ao ocorrido, e eu, registrava novamente, alguém sendo o pressuposto de minhas ações. Não fingia absolutismo, tentava relativismo e vivia neologismos. Mutuamente o querer, esse alguém e eu. Enchergava o momento em que, na excessão, seríamos simples e compostos. A complexidade era excessiva, mas não me fazia parar, era sempre positiva, estímulos gerando estímulos, diziam até, que era indeterminada. Agora, acordada, penso: 'sempre a realidade', ela com aquela capacidade de trasformar o que somos. Dessa vez, não era apenas sujeito, mas um sujeito inexistente, até o momento em que eu te reencontrasse e pudesse te olhar no olhos e dizer-te: 'Acrescente-me, diversidade.'

quinta-feira, 11 de março de 2010

A praça.


Me sentia quente, eu estava aquecida de emoções, minhas bochechas concentradas ficavam rosadas a medida que me aproximava. Eu estava rodeada de distintas expressões, minha fobia aumentava. Não era asco de multidões e sim uma vontade de estar só, apenas por aquele momento. Sabia que não seria possível, dessa vez, nada de egocentrismo. Minha obsessão pelas letras prontas havia voltado, eu apenas me sentei e fiquei a observar. A menina de mãos inocentes abraçava o pai recém chegado, a boca bruta cheia de marra gritava 'truco', os pés andarilhos cheio de experiência e vontade teciam arte e eu apenas resgistrava. Eu sabia que tudo aquilo fazia parte de mim. Meu coração só sabia bater no embalo do seu, por isso, pedi que sentasse ao meu lado e compartilhasse daquela ascenção. Já não era mais fobia, mas vontade de compartilhar sentimentos, relatos e ações. Diversas essências usurfruindo de um mesmo todo. Tudo e nada nos pertenciam. A única certeza que eu comportava era que o amanhã viria e, você faria parte dela. Fundindo os dois mundos que nos moviam, idéias e sentidos, voamos. O Sol cedia seu lugar à lua e das nossas palavras neblinadas resurgiu intensidade, não era conhecimento, era o próprio reconhecimento.
Novamente, eramos nós. Naquele instante, a infinidade e diversidade prevaleceram, e quando fosse parcialmente luz, o coreto não seria o centro.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Hoje, o silêncio.

Entre linhas tortas, escrevo.
Seus olhares pregados em minha alma.
Sua essência enlaçada a minha.
Caminho, sem pensar.
Você, constantemente, me deixando calada.
Interrompida, continuo a criar.
No momento, o silêncio e mais nada.

Enquanto fizer parte de mim, torna-se impossível um enfim.

sábado, 6 de março de 2010

Saudade, o vício que não demora.


Nada mais complexo, foi a vez do para si, dizia e contradizia o eu, e sempre vencia. Aprendia a lidar com sua liberdade, permitiu a idéia de poder seguir o que almejava. Para o futuro e sem rumo ela seguia. Naquela noite, ela cultivava algo dele, e ele retribuía de uma forma maior, era uma troca imediata de energias, e para testemunhar, a imensidão do mar e a circuferência lunar, eles permaneciam. Nada ao redor existia, o momento era só o presente, quando eles menos esperassem, iria ser presente novamente. Sob a infinidade do manto negro, ele a tocava, e ela , se permitindo, acariciava seus cabelos, a troca de olhares era algo involuntário e, o sorriso quase se fundia. Era contínuo, um zigue zague de nariz, e sem que imaginassem mas desejassem, surgia-se o toque de lábios. Depois de unirem palavras, fez-se o silêncio, a areia em sintonia com o mar explodia. Disparava o coração, uma desordem emocional. Um abraço para enlaces de boas energias ascendia e, a ambiguidade carnal desenvolveu o singular, eram almas que se equilibravam sobre um único perispírito. Agora, não apenas se completavam, ainda mais se acrescentavam. Nada que estragasse o momento poderia ser feito, o sorriso estava pregado em suas bocas. Conseguiam ser iguais e diferentes simultaneamente, por isso, ainda, a presença da contradição indispensável, eram rápidas ações, mas não menos intensas. Guardaram, sem ter por que, uma explicação. Tudo isso prevalecia para entoar o jargão da essência-una, te amo, amor. Continuava. Flashes de realidade apareciam, ela só queria saber de nós. Adormeceu. Nascia o senhor luz. Sempre quando amanhecia a saudade surgia. 'Acorde, ó amor!', ela rezava, era tarde, as quatro paredes a rodeavam novamente. Do sentimento mais sincero que nascesse ela sempre guardaria para si, o melhor, tudo e a saudade.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Modificando sons.


Gritar, nós gritávamos. Do jeito que pulsou, gotas vermelhas escorreram, a paz precisava reinar. Quando se fez, todos se aproximaram e as gotas voltavam a escorrer límpidas. A tristeza não estava ausente, mas compartilhava de algo raro. 'Seus olhos te denunciam' diziam, mas nada podia ser feito, nós só sabíamos ser sinceros. Sentíamos toques recíprocos, o coração pulsava para nós e para você, você então confirmava, nunca fomos um. Nós, com nossas mãos estendidas e você com toda sua beleza convidativa, seguíamos e insistíamos, longe do barulho, tudo era silêncio. Ela não era o presente, a realidade apenas estava assim, estávamos nos adaptando ao ser, e tempo, era tudo que necessitávamos. Não diga que somos previsíveis, somos vários e somos únicos, cada qual ao seu valor: a partir de tais pressupostos insistimos, o silêncio. Liberdade do externo preferíamos, cabia mais, para nós, sempre o mais difícil, cada vez mais o interno. Nós pedíamos o desvendamento, nunca a aceitação, éramos o que nos ensinaram ser e, adiante, o que nos dava prazer. Sentimentos avassaladores de um doce coração que só queria vencer, venceríamos, como era de costume. Assim, seguíamos a linha vital, ações, depois de muita reflexão. Você constantemente em nossa jornada, e mais uma vez, não seria diferente. O grau de complexidade emergiu e pela primeira vez, não fugiu, era a nossa vez de abstrair, palavras cambaleantes saltaram e mais uma vez fundimos razão e emoção. Tudo brilhava, nossos olhos sorriam. Enfim, agora nós já sabíamos, bastava gritar.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Aprendendo costumes.

Eles costumavam falar de amor, e eu só sabia ser amável, as pessoas me rodiavam de carícias e eu retribuía sem questionar. O dia era cor, e a vida era a mistura de todas elas, quando me falavam dos dias cinzas, eu apenas me calava, nada que predominasse em minha passagem, mas algo momentâneo que eu aprendia a lidar. Era de meu costume sentar-se junto à janela, um pouco mais do mar verde. Lá, o mundo era pequeno, porém não menos errôneo e instigante, e com meu livro-diário a tiracolo, eu apenas contemplava e me questionava. Tudo que estava ali, estava em mim, era uma espécie de ascenção humana, sugava tudo de agradável que me proporcionavam, o desagradável me consumia involuntariamente também. Estaria registrado o meu egocentrismo, porém nunca petenceria a mim infinitamente, tudo estava em constante mutação. Eu tinha o costume de generalizar, mas sentia que faltava tanta coisa dentro daquele tudo, convencida de que nunca seria suficiente eu só sabia escrever. Sentindo a ausência presente, novamente, voltava ao 'meu' mar verde. Mais uma vez, meus pensamentos sussurravam amor e eu como visitante o deixava sorrir, esquentar e permitir, e só depois eu retornaria para casa, com uma dose maior, sabendo ainda menos o que seria, mas mudada e livre para um ser novamente.

"...sou cada vez mais, eu que não me sabia
e cansado de mim julgava que era o mundo
um vácuo atormentado, um sistema de erros."

Carlos Drummond de Andrade.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Reality.

Meus pensamentos seguiam a linha dos meus dias, ultimamente, que perfeição imperfeita era essa? Era assim que todos se agradavam, inculisive sonhadores, como eu. Incertezas cada vez maiores não me impossibilitavam de caminhar, sobre fios de confiança seguia com meus pés de sonhadora. Penso que dessa vez, o certo concretizava minhas idéias. Constantemente, preenchendo o oco e acalmando o meio louco, ascendia. Assim, com aquela
especialidade de imprevisão, tudo tornava-se menos tortuoso. O jardim era mais colorido fora da realidade, as flores eram girassóis na unanimidade e, a minha felicidade já não era mais parcial, era completa. As pessoas que fazim parte da minha vida perteciam ao mesmo circo, eram todos iguais, exceto na essência e ponto, proporcionavam-me momentos aleatórios de realidade-sonho. Naquele presente, não sabiam mais o que era julgar e eu apenas continuava a sorrir e, principalmente, a seguir.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Nas entrelinhas.


Era mais um dia de luz e nada causava descontentamento, começou a achar que de momentâneo aquilo passou a ser constante. Equanto a música acariciava seus ouvidos, a janela da alma devorava conhecimento, quanto mais adentrava àquele mundo, mais se afastava daquele onde tudo era fixo e imutável, defendia a idéia de que estaria em constante mutação e, o que fosse e como iria acontecer, cabia a ela decidir, tudo mudaria novamente. As árvores e os pássaros perteciam a um mesmo acorde, não sabia mais o que era céu e o que ere terra, sentia que pertencia aos dois, naquele momento tudo e todos eram amigos, a calma prevalecia. Aquele criador de idéias a fazia transcender, tudo era luz, cada vez mais, luz, não queria saber da caverna escura, 'amadurercer', ela dizia. Tudo acontecia ao mesmo tempo, e no auge da sensibilidade, ela sorriu, ela queria mais. Curiosa e, por fim, não convencida ela caminhava em direção ao desconhecido, desordem sem lei, ela repetia, sabia que a emoção estava inundando novamente, mas não deixava de prosseguir. Transformando suas idéias e sentimentos em inspiração, ação era a sua conclusão. O vento continuava a soprar e aquele estado hipnótico em que ela se encontrava parecia que seria algo eterno, o sorriso pregado em seu rosto fazia ser evidente o momento de prazer. As pessoas olhavam, nada a encomodava, ninguém deste mundo enchergava nada além do que haviam mostrado, a deixava feliz poder usurfruir de sua essência, ninguém a conhecia de verdade. Em qualquer momento, era uma menina, sentada em uma grama qualquer, lendo qualquer coisa, mas naquele presente, ela era A mulher, em um plano desconhecido, adquirindo vida. A vida boêmia teria sido transformada em brisas matutinas, mas em momento algum a lua deixava de brilhar.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O sempre momentâneo.


Uma gigantesca vontade de que aquele único momento voltasse a ser presente. Você foi o passado mais inconstante, o presente mais intenso e o futuro impossível, não gostava de ver as coisas do jeito que elas eram, mas pela primeira vez gostou do caminho previsível que elas tomaram, esse lance de ir e vir fazia transbordar sentimentos jamais rotulados, o jogo de ser e aceitar diziam que era complexo, no entanto, no momento desejava apenas o APENAS. Um estado momentâneo de contentamento brilhou, e vocês voltariam sempre que o sol tocasse o chão e as estrelas se espalhssem no céu. Não julgou mal a sua maneira de se mover, apenas sentiu não poder fazer parte do movimento, lapsos intensos de emoção inudaram aquele coração, que já não era tanta fragilidade e sim coragem, palpitações surgiram e o temor de que tudo aquilo voltasse a ser um passado frustado resurgiu. Quando fosse tudo luz novamente, ela diria que sua alma era de borboleta e escuridão nehuma a impediria de voar e osfuscar o brilho de suas asas, a frustação empoeirou-se e a vontade de não estar ali se impos. Como se quase nada em sua vida fosse desprazeroso, aquele momento se tornou o mais prazeroso de todos, era assim que as idéias corriam por dentro, depois de tudo virar ação, vinha o relato, ora realidade ora somente sonhos!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Chegando ao ser.

Não foi exatamente assim que ela sonhou, mas ficou feliz o bastante pra dizer que foi o melhor que ela realizou, transbordando algo novo de seu coração, o sorriso se abriu, nada de novo que fosse estranho, mas literalmente um estranho novo. Depois disso, exatamente como disseram, embora as idéias fossem e viessem, ela não deixou aquilo passar! Tudo acabara em festa, sempre, mas ali, naquele momento, o sempre suavizou-se, responsabilidades tomaram conta dela, ela só pensava, ainda mais profundamente do que o normal; contradições novamente, nada que ela não estava acostumada. Sentia que havia se achado, sentia que aquilo iria completá-la, iria ajudá-la. Nada do que haviam passado pra ela iria se materializar, apenas ia seguir em frente, seria passado adiante, na forma simples de pensamentos e ações. Não foi o suficiente, ela queria mais, sentia que não havia contentamento, sabia que, parar, esperar e concordar, não era seu dever. Mais do que tudo aquilo que haviam disponibilizado, era só nisso que ela pensava, era uma forma proveitosa que ela havia encontrado para depositar toda a sua emoção. Muito breve para tirar conclusões, 'os outros' diziam, mas ela sabia que aquele era o caminho, contradizer novamente e se afirmar, mas dessa vez, sem a imensidão chamada frustração. Era assim que as coisas corriam, rápidas, faltava tempo para tudo ser perfeito, mesmo achando que era ela que o fazia. Suprindo algo que era abudante, sua fragilidade ia tornado-se quase nada e, agir como todos daquele meio, era o seu objetivo. No entanto, tudo e nada mudou, mesmo prevalencendo a emoção novamente, ela nunca deixava de ser uma misteriosa essência.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Tudo simples, nada complexo.

Era engraçado. Tudo o que ela havia pensado, ela teria feito ao contrário, era esse o seu segredo, contrariar, não seguir o padrão, ouvir aquilo das pessoas e se calar. Mas nada disso aconteceu, ela seguiu o modelo, ouviu, no entanto disse o que pensava, com certeza, foi o que a tornou diferente, diferente do padrão? Não, diferente na essência. Ela não dizia o que queriam ouvir, dizia o que estava disposta a falar, nunca pediu compreensão. Tudo o que fazia, era fugir de seus contos, enfrentava a realidade, era só o que podia fazer. Sonhar não era permitido, mas o que ninguém sabia é que ela realizava o que sonhava, ninguém notava e, se notavam, não questionavam. Ela vivia correndo para não sair do lugar, mas quando parou, chegou, abstração, era só que ela possuía, nada concreto. Não existia aquela paranóia de ser diferente, ela queria era ser igual. Nada de palavras difíceis, não combinava com nada daquilo que haviam lhe proporcionado, as pessoas a tachavam assim. As contradições inundavam suas idéias, mas nem por isso causavam sofrimento, nunca soube o que fora aquilo. A respeito da liberdade todos a questionavam, ela sabia exatamente o que significava aquilo, mas nunca a quis, todos a queriam, acabou tornando-se algo pequeno para ela. E quando o presente se tornou passado, ela só queria saber do futuro.Na madrugada vazia - não para ela, pois nada nunca foi vazio ou em vão - perguntaram o que tudo aquilo significava, ela apenas sorriu, sabia que era o que ela tinha de mais sincero. E isso nunca parou, nem quando ela abriu os olhos.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Tornar-me-ei.

Sorrisos súbitos saltaram de nossos rostos, abraços sinceros nos rodiaram, daquele jardim, as flores desabrochavam, do céu, o azul brilhava, e de vocês, era o que tinha de mais urgente, a saudade que não demorava, e era apenas uma luz de domingo. Passamos por mais uma segunda-feira chuvosa, conforme as gotas caíam, nossos passos iam se afastando, a música dizia que o nosso destino sempre foi vencer, e por fim, nos juntarmos novamente, histórias absurdas contariam sobre nós, mas o melhor de tudo é que todas, sem exceção, seriam verdadeiras. Na terça, nada foi diferente, os sorrisos me iluminavam, assim como a luz do sol, vocês voltavam a minha casa com aquele mesmo pensamento coletivo, "Cada um traçou o seu caminho", tudo não estava errado e nada sempre estava certo, mas eu sei que a força prevalecia. Depois disso, os dias tornaram-se únicos, e como de costume, intensos, como eu previ, vocês tornaram-se constantes, e era assim que continuariam no meu futuro infinito. Uma coragem repentina surgiu, bendito dia em que me apresentaram aquela coruja, estou certa de que foi ela quem nos ensinou a voar. Quando notei, era segunda-feira novamente e, definitivamente, elas seriam todas diferentes.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Interadaptação.

De algum modo previsível eu reencontrei a força que me pertencia, 'os outros' me cercavam a ponto de me fazer sufocar, mas sabia que ações como aquela só vinham em meu benefício, estava certa de que estava ajudando. As pessoas já me olhavam diferente, não me apontavam daquele jeito do qual eu não me encomodava, apenas notava, sentia que uma parte ainda me faltava, talvez tivesse sido perdida, ou mais certo ainda de que nunca havia me pertencido, ah, e o meu nariz de palhaço? Havia voltado para a caixa. Era puro sentimento, sentia muito e me calava muito mais, meus olhos brilhavam novamente, a gota escorreu, eu sabia o que eu havia enfrentado, queria que tivesse sido diferente mais uma vez, de repente, um chacoalhão; "Deixe de existir nesse mundo e volte para o seu", foi tudo o que me disseram. Olhares de soslaio tomaram conta de mim, eu sabia o que me perseguia e não fazia questão nenhuma de ignonar aquele meio olhar, depois daquele arrependimento, tudo voltava a ser como antes, era exatamente assim que os momentos começavam e acabavam, iam e vinham cada vez mais intensos, o basta nunca se impôs. Aquela mania insensata de esconder sentimentos de todos, sempre me rendeu horas de culpa, quando resolvi destrancar, descobri que o mais viável era ter fechado os olhos e simplesmente ter deixado acontecer. Mais tarde descobri o que temiam, aquele mundo em que eu alimentei minha alma não era único, por isso, agora, mais do que nunca, me espere, Capitã Capital.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Abra a sua gaveta!

Senti medo daquela noite desprovida de estrelas, medo daquela inconstância, sentia falta da luz do céu, mais falta ainda da minha delicadeza diária, sabia que quanto mais as estrelas brilhavam, mais eu poderia mostrar o quanto eu acumulei das antigas vidas, sabia que algo havia mudado para sempre, sério, eu cresci, contradições internas eram só o que me restava. Antes disso, me escondia na gaveta, eu gritava e não me ouviam, depois, comecei a gritar com os olhos, com sinceridade as pessoas fingiam que me entendiam, senti que realmente estavam começando a me entender, foi aí que o pleonasmo me inundou. Um sexto sentido, seria? Não, eu apenas dei valor ao que realmente importava.

Na noite seguinte, as estrelas já estavam ofuscando brilho próprio, eu estava de vestido, não existia mais uma gaveta, a platéia já estava lotada, e eu sabia que jamais meus olhos ficariam cansados de falar. São coisas tão simples para serem colocadas em palavras, que eu sempre encontrei um forma de dizer através delas, o que tudo isso representava para mim. Por opção, eu sempre soube o que era solidão, mas agora eu só queria saber o que era ser companhia.

Meus mais sinceros abraços.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Já foi!

Você chegou perto e o mundo tremeu, a razão desapareceu e a emoção não correspondeu, prevaleceu, não foi algo atípico. Pronto, voltei.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Um verde amarelo...

Eu me encontrava em um bairro distante da cidade, não pensava e não falava, esperava apenas acontecer, aquele momento durou tempo o suficiente para todos aqueles girassóis sentirem a minha presença, toda aquela exuberância amarela me rodeando pelo resto do dia, não era algo que se encaixava na rotina, mas por algum motivo sentia que aquilo me pertencia. 'Acho que enlouqueci', era o que os outros queriam que eu pensasse, talvez por descobrir o quanto aquilo me encantava, meus olhos brilhavam enquanto eu me aproximava deles e das últimas horas do sol. Poxa, por que não consigo enganar o momento? Enquanto me aproximava, sabia que estava deixando algo maior para trás, maior na dimensão e no meu coração, algo que me guiava até ali e que ao mesmo tempo me fazia recuar. Droga, era apenas um sonho. Em um lapso momentâneo, voltei a realidade, quando me aproximei da janela o campo estava ali, todo amarelo, e pensei; "São apenas girassóis".

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Agora eu vou...

Vivendo em uma superproteção, mas com a liberdade plena dos meus sentimentos e pensamentos, com certeza haverá um modo de achar o motivo que me move. Não é muito válido ser o que 'os outros' querem que eu seja, mas sim o que eu almejo ser, mais válido ainda, a consideração que terei em relação aos meus passos, que também já foram deles. Descobrindo minha essência, me farei feliz e proporcionarei momentos felizes a quem me rodeia. Viver e saber que há alguém que zela por mim, é gratificante e absurdo o quão importante será para iniciar minha caminhada. Um momento vivido, deixando prevalecer a emoção, é intenso e quase sempre desprovido de razão, é simples assim. Um outro prevalecendo a razão, corro o grande risco de me arrepender, mas um outro maior de acertar. Momentos como esses são imensamente indispensáveis, quando menos esperamos, a mão que nos acariciava, que nos guiava, que amaciava os problemas e que nos proporcionavam sonhos surreias, é substituída por pernas independentes.