sábado, 3 de julho de 2010

Transbordou!

E dessa vez é como se eu gritasse, todos olhassem e não me vissem. Os sentimentos andam me consumindo de forma apavorante, de uma forma que eu não consigo controlar. Cansei de jogar minhas palavras ao vento, derramar minhas lágrimas ao solo, e até mesmo registrar momentos, continuarei os guardando para mim. Pode ser que continuem me machucando, me fazendo sangrar, mas prefiro me afogar em minhas verdades, do que deixar com que pisem nelas. Não sei ouvir pela metade, acredito no que me dizem, principalmente, quando os olhos sorriem juntamente com os lábios, mas dessa vez não, eles se fecharam como se um broto de rosa nunca mais fosse se abrir. Volto a deixar as contradições me consumirem e guiar-me, mas NUNCA me perdendo no que eu sou. Não grito frustrações e arrependimentos, apenas recomeço com um ponto final. Hoje, me esgoto profundamente, cansei de gritar, cansei de chorar, mas nunca de amar e sorrir, acredito que tudo isso seja o suficiente para nos fazer fugir, mas muito mais para nos ensinar que maturidade existe. Sinos de infinidade batem em meu coração, pretendo seguir. Meus passos pesados em direção a um futuro incerto, sempre foi assim. Mas nunca esquecerei o dia em que eles foram leves, quase inexistentes, a ponto de não sentirem mais o chão e me ajudassem a voar. Voando em direção ao desconhonhecido, era assim que eu sonhava. Continuo sonhando. Nuvens, ar puro, o céu azul cedendo lugar ao negro, e aqueles pingos de acalanto rodeando a luz-mãe. Um verde em que vejo e me apego, e sem dúvida, a sinfonia diária que é criada para meus ouvidos. Nada dos meus sonhos vão se evaporar, apenas caminho com mais segurança, apelando para sussuros e palavras fartas de pronúncias. Eu sempre soube como tudo iria correr depois do dia em que me disseram que contos de fadas não existem, mas acostumada a seguir segurando em mãos seguras, dessa vez as soltei, por passos deserrantes, segui meu coração e, mais uma vez, tropecei. Creio que levantarei em tempo, enquanto sento e conto-te um conto, meus olhos miram fuga e compreensão. Eu sei que o tempo me cederá horas mais agradáveis para falar de sentimentos, enquanto isso, voltarei a guardá-los em minhas gavetas.

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