segunda-feira, 28 de junho de 2010

Insistência fragmentada. . .

E não é que as idéias vão surgindo, sem exigência nenhuma de organização. Ela se renovando a cada dia, exigindo de si, às vezes muito mais do que é capaz, as coisas vão zunindo e se desfazendo, mas o que ela procura são apenas respostas, respostas que no silêncio, gritam...

gritam de carinho e desespero. Não a decepciona não saber o caminho a que percorrer, mas sim se deparar com o mesmo, o ontem igual. Hoje é o que ela mais quer, o amanhã a faz sofrer, e mesmo assim, ela insiste, insiste em sua eterna busca...insiste em pensar que tudo o que é verdadeiro é eterno...

ela continua dizendo que uma explosão seria mais silenciosa, sentimento é barulho, e ela quase ensurdecendo, insiste...

depois de uma explosão interna, ela se cala, e novamente, tudo que era canalizado para fora, se volta contra ela...

fragmentos de uma vida em que ela insiste em retornar, conhecer e reconhcer, e principalmente, sorrir. Tudo oscila...ela insiste em existir, muito mais, em viver.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Começo de semana.


Não era um dia mais que os outros, apenas horas de puro aconchego, o frio se infiltrava em minhas entranhas, mas aquecia meus olhos, os enchia de amor e de ansiedade. Uma vontade que me consumia, a de chegar até o topo daquela montanha e olhar para todo o espaço que o bicho ainda não havia devorado. Participava da imensidão azul dos pássaros e resgatava, cada vez mais, ar puro para meus pulmões. Um contraste imediato consumia meus olhos, cores quentes e frias excitavam-me, e em seguida, a calmaria. Liberdade extrema ainda não nos pertencia, o frio exigia abrigo. Enlaçado ao fogo que nos aquecia, tornou-se suportável, mas mesmo assim, ainda havia concreto. Para a maioria que ali pertencia, nada mais que demonstração-percepção, para mim, muito mais do que civilização. Mais contrastes. Era hora de sentar-se em frente ao sol e aplaudir o espetáculo do dia, canções brotavam de minha boca, sons mirabolantes em meu ouvidos, cores em fusão com meus olhos e, minhas mãos em contato com o solo aveludado, sentidos-vivos. Segundos eram suficientes para clamar por sonhos, saudades, imensidão, foi um momento em que nada me escapou. Uma solidão de que todos compartilhavam, e mais uma vez, me perdi em mim mesma, torcendo para que ningém me encontrasse. No momento em que os pingos de luz caíam sobre minha cabeça, sabia que o dia seguinte seria quase diferente, ou igualmente reluzente. Quando abri os olhos novamente, era dia, e só o que eu via, eram aquelas lonas verdes, estendidas bem no baixo, outras bem no alto, quase do meu tamanho, e a única coisa que me disseram foi a respeito dos campos, campos que pertenciam a um tal de Jordão. Feliz esse que soube preservar seu verde.

domingo, 6 de junho de 2010

Esse é um para você.


Sinto novamente o prelúdio, mais do que o alívio. Curo a minha vontade de tecer em torno de você, mas que sirva para você, assim como coube em mim. Ao ter aquela visão, meu coração martelava e doía de emoções boas. Me agradava me encontrar em tal situação, a de não ter para onde ir e seguir para onde almejo chegar, você de encontro aos meus. Que seja como a cadente, mais ainda que continue me guiando sem saber. Portanto, peço que fique. Insisto nessa minha busca persistente de aprender ser. Embora minha busca seja por muitas coisas que não se permitem aparecer, agora eu só busco. Busco em você, como nunca busquei em outros. Uma vontade que não me fazia falta, até agora. A resposta ainda é desconhecida quando as pessoas me perguntam por que você, mas eu ouso dizer que é por não saber que eu não escolhi você, sua singularidade caiu quase em cima de mim. Digo quase porque se trata de uma essência misteriosa. Não o nomeio de amor, mas continuo adorando cultivar o sentimento de amizade única. Ainda lembro do dia em que eu estava a te reconhecer, naquele momento, foi um tipo de beijo único enlaçado a um suspiro que eu ainda possuo.