terça-feira, 25 de maio de 2010

Seguirdor do sol, girassol.


Um rumo imprevisto das coisas, direto para perto de nós! Hoje, escolhi escrever sobre o alheio (de novo e novamente), os pássaros que profundamente cantam, as ávores que possivelmente balançam brisas de acalanto, o sol que aquece-nos o corpo, e as flores que nos trazem a sabedoria do olhar. Sorrisos floridos em mim, desde que o campo amarelo surgiu, mais do que nunca, sou feliz. Minha felicidade brota assim como meu amor sente sede de liberdade, tão abrangente e contagiante quanto aquele seguidor do sol. Para o meu agrado, havia mais do que um único. Cubículo imensurável que iluminava meus dias. Suas energias transbordam a ponto de me redescobrir em meio ao concreto. Girassol, murmuro que o querer é mútuo. Sei que essa bússola guia mais do que o normal, mas não importa quantas vezes sua seta rode, o norte será sempre em mim.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Além do pseudomundo.


Por dentro eu grito, por fora as pessoas nem imaginam o que se passa, elas apenas passam. Sem ao menos querer, essências se fundem, e com a certeza de que tudo um dia será um caos, uma única orbita. Gostaria de deixar tudo que me desconforta, e levar apenas as horas de prazer. Momentos em que sorrisos se abrem, ainda prevalece nesse falso mundo, onde o equilíbrio e o bom senso se perdem. Delimitando meus passos, caminho em direção ao desejado, imprevisibilidade e tudo mais. Procuro motivos para que o singular me pluralize, sem me deixar absorver, perder meus ideais, apenas afirmo que almejo mostrar quem sou. Sensibilidade, seguida de razão, comportando inconstância, resultando sonhos fartos de cor; seria apenas aceitação, ou até mesmo, o máximo, sentir-me bem. Talvez não devesse delimitar. Grito de amor e não de desespero.

Sonhar, mesmo que seja com você. Tudo que me disseste foi absorvido. Não me culpo pelo fato de deixar meu coração guiar-me mais que minhas pernas, ainda penso que o dia em que eu estiver sentada em frente a essa tal exuberância colorida, será com você. Você, alma que me fortalece, que me enche de esperanças, que me faz criar e crescer. Não penso neste pseudomundo farto em regressão, penso no plano em que almas misturam-se e ascendem. O dia em que tudo isso acontecer, nos reconheceremos e tudo que foi vivido será multiplicado. Pela última vez, o toque, por isso, te digo "Prazer em conhecer-te."

Quando voltarmos a este mundo, eu nunca mais serei a mesma. Se nos encontrarmos, serei você. Novamente, prazer em reconhecer-te.

sábado, 8 de maio de 2010

o meu ser e o seu, nosso.

Faço de hoje, a música que fertiliza meus ouvidos, os acordes do meu ser, infinitos e abundantes. Meus olhos almejam cor, mais cor do que eles comportam, e a essência, maior do que aquele grão que cresceu exacerbadamente. Saio eternamente da escuridão, deixo que os outros se aproximem e compartilhem sentimentos, continuo a ser getilileza, amor e sempre adquirindo maturidade. Penso nos meus erros como sendo passos deserrantes, caminho para a nossa satisfação e vejo o dia em que estaremos sentados em frente a nossa felicidade e chegaremos perto para usurfruir da mesma, sim, nós. Será sempre o bastante para todos. Vibro quando vejo estampas de sorrisos, assim como meus ouvidos, a música do refrão constante, repetição exuberante. Ainda guardo os fragmentos cativados em mim, não que tu sejas eternamente responsável, mas parcialmente uma parte considerável do meu ser. Não a partir destes, mas desde que me convidaram à vida, faço e refaço meus pensamentos, construo e reconstruo meus sonhos, e naquela conclusão incerta, tudo caminha para a nossa realização. Sou e convido-te a ser, nada mais e nunca mais, arrependimento. Sei que deixo em ti fragmentações, concedo-as a ti. Conforme-se, eu ainda faço parte deste mundo. Mar de lamentações, seca-te, possibilidade de ilusões, acaba-te, e tentativa de amor, consuma-me. Eternamente verdadeiro. Não canso de explicitar sentimentos. Deixo de ser existência anônima e sigo sendo autônoma. No momento em que me disserem que minhas possibilidades são indiferentes, direi que sou apenas construção.

"Mesmo quando estamos vazios de pensamento, não desistimos de nossa capacidade de pensar."

Heidegger.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

verde tenda, verde...


Passava, lentamente, pela tenda verde e os seres que ali habitavam, sorriam para mim. Os bicos quase redondos tocavam a mãe casca, as asas que comportavam as cores divinas esvoaçavam; deles dois, o pouso no galho. Um único, da mesmsa espécie que a minha, me parecia que algo o desaquecia, mas nunca se arrependia. Longe dali, a vontade de permanecer assim, os momentos de reflexão me proporcionavam solidão e eu, levantava voo, mas com a certeza de que a matéria continuaria ali. Continuava observar a mutação mundana e mais rápido do que aquele milésimo, eu me renovava. Foi aí que me dei conta de que eu também fazia parte do todo. Para que tudo continuasse estagnado, bastava eu continuar caminhando de olhos fechados. Abismos, foi com o que me deparei. Por pouco tempo, tive a impressão de que meus olhos não existiam mais, surgindo a dúvida, minha alma recomeçaria cega. No toque aveludado da água realmente doce, devolveram a mim, a renovação. Tinha consciência de que o mundo me comportava, e com a certeza de que o amanhã viria, eu sabia que meus pensamentos eram típicos incomuns. Assim, a partir deles, minha tenda seria, novamente, quase-totalmente verde.