sábado, 31 de julho de 2010

As(sim).


Um pouco de palavras trançadas para que minha caminhada seja parcialmente correta. Errei sim, mas com a certeza de que logo em seguida viria o acerto, ando aprendendo com meus erros. Esse estado momentâneo que me faz sorrir, sem motivo algum, em que eu apenas respiro e não procuro respostas dói muito menos e diz muito mais como eu sou, como eu sigo a linha dos meus dias. A questão não é dizer como se deve fazer, é apenas agir, acredito que, dessa vez eu sairei impune. Não acredito que viver seja apenas olhar para dentro, mas preciso ter certeza de que me enchergo como verdade, não posso me deixar abater pelas incertzas do mundo, preciso continuar lutando pelo o que é bom, para mim e para vocês. Tudo o que me oferecem é destituído de certeza, mas eu fecho os olhos e entro, entro nesse emaranhado e não pretendo sair ilesa, mas pensando que tudo serviu de lição. Não direi que não setirei falta, mas os dias em que eu pisei no gramado da vida com cautela acabaram, eu sempre soube que ousar era o que eu almejava. Nada disso, hoje, eu adoto concepções gritantes e que nunca foram ouvidas. Eu sigo e todos seguem, se não ao meu lado, mas junto comigo. Corro para dentro das minhas vontades, transformo-as em ações e sem pensar em recompensas, um lindo sorriso brilha. Continuarei me entregando do mesmo jeito. Intensidade que eu nunca contive, dessa vez prefiro não entender o que meu coração pulsa, seu silêncio momentâneo é quase preocupante. Logo em seguida, na mesma intensidade do sol, quente e acolhedor. Eu apenas acordei renovada, com vontade de um noviço amor.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Palavreando...


E não é que as palavras quase escaparam no momento em que não deveriam estar presas? Dessa vez, elas se contiveram, como todas as outras. Elas têm sede de vento, mas não, algo as impedem de jorrar impulsos, sentimentos. Elas voltavam todas para dentro como se nunca pudesse haver liberdade. Mas houve uma descoberta, e não faz muito. Dedos também sabiam falar, ou até mesmo, gritar, ainda mais, no silêncio dos pensamentos. Acreditavam que havia sinceridade nos registros, se não igualmente, mas mais do que o som. Ela só sabia expulsar o que a encomodava, ou a evoluir, com a ajuda das palavras escritas. Ênfase em algum sentimento que sabia fazer verdades, o tal que sabia quando palavras iriam surgir, ou até mesmo quando o coração iria pulsar emoções jamais conhecidas. No momento em que a angústia aparecesse, o sorriso iria se fazer logo em seguida, assim mesmo acontecia com a sua raiva, muito mais momentânea do que o sua própria essência. Em seguida, a admiração, a vontade de sempre estar perto. Ela pensava; 'É pecado acreditar na sinceridade do coração?' Sentimentos vêm e vão como ondas, ondas que chegam, encharcam sua alma de incertezas e logo vão embora como se nunca fosse olhar para trás, seguindo seu caminho. Talvez um dia volte e se lembre. Depois disso é só palavrear, é a maior intensidade que se pode encontrar. Na ousadia das palavras nasce conforto, compreensão, acalanto, e muito alívio....Palavreie.

*Escrevi do jeito que os sentimentos surgiram para mim. Sentimentos fartos de desconfiança, insegurança e, principalmente, com dificuldade de compreensão. Continuo palavreando, quem sabe um dia, eu saberei decifrar o que meu coração pulsa.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Fragmento perdido em mim.

Aqueles suspiros agoniantes continuam a me fazer tremer, será que você me possuirá pra sempre?
Gostaria de me livrar de você, assim como você se livrou de mim, parecia ser tão fácil. Continuo praticando o despego, mas eu receio que não seja verdade, costumo me apegar ao que me faz bem. Ainda assim, existem pessoas que caminham junto a mim e acreditam que essa marca sumirá. Não falo de mim para me explicar, não acho que seja necessário. Creio que sejam apenas registros que um dia serão amassados e jogados ao vento, assim como minha fissura por você. Finjo saber falar de sentimentos, finjo não me importar quando você não se importa, já cheguei a fingir a ser quem não sou. Hoje, tenho certeza das minhas conquistas, das minhas incertezas, dos meus enganos, das minhas pegadas mal feitas e muito mais, das minhas escolhas. Foi tudo traçado e trilhado para o bem, o que falta é desenvolvimento, um desenvolvimento meu e das minhas idéias que te dizem ou não a respeito. Sei que saberei falar que um certo dia eu gostei de você, olhando-te nos olhos, que se você sumir, será para o bem, e que quando você voltar, oferecerei amizade mútua e, principalmente, que eu sempre soube ser. Não me esconderei mais atrás das minhas verdades.
Falarei pouco, dessa vez, foi o pouco que restou.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Primórdias confissões! Do jeito que chegou, se foi...

Deixando que o tempo se encarregue de sua cicatrização... Enquanto ainda sente sua essência junto a dele, vai fazendo pingar gotas de segurança em seu coração, gotas vermelhas que exalam frangâncias famintas de desejo. Um desejo desprovido de perdas, já foi feita a promessa de que tudo ficaria bem, e ela iria poder seguir seus passos. Suas palpitações remotas eram mais invasivas do que seus pensamentos, mas mesmo assim seu sorriso havia de se abrir. Era como se fosse sua conquista de cada dia. Um sorriso aberto, um dia iluminado. Apesar das batalhas parcialmente vencidas, borrões e buracos ficavam estampados e despreenchidos, mas muito mais, um broto de luz. Cortinas desbaratinadas e bondosamente incovenientes se abriam e, sorrisos corriam para os rostos alheios, inclusive para o seu. Uma turbulência de emoções a balançavam a ponto de fazê-la cair em si. Já não era mais a mão que a acalantava, ou os braços que a rodeavam de proteção, era apenas apoio, apoio mútuo para que todos vencessem. Ela, com seu mistério crescente, rodeada de energias e ele com sua inconstância permanente. Era curioso como tudo em sua vida circulava, sua maneira de agir, sua maneira de pensar e seus gestos. Caminhava e caminhava, feito um andarilho. Embora suas idéias partissem do mesmo lugar, suas raízes a puchavam de volta. Gritava por um marasmo libertário, ousava mais do que qualquer um, percorria lugares desconhecidos, possuía um prazer de sorrir, do mesmo modo que o beija-flor busca sua flor. No entanto, aos poucos e no caminho, suas forças eram sugadas e suas decepções a faziam voltar. Sua alma andarilha nunca deixou de gritar, gritava poder de escolha, astúcia, personalidade, mas acabava voltando. Ela sempre ouvia da boca que sabia falar que o movimento era a solução de todos os problemas, e que em suas crises supremas, estagnar era o martírio, o fim de tudo. E enfim, o que podia ser chamado de consquita, sonho, algo que se almeja, seria algo que a fizesse percorrer e nunca parar. Ela continuava andando em círculos, nem para pensar ela parava, não queria que tudo fosse perdido. Sua volta era em função do que ela tinha de mais precioso e principalmente para repor energias. Sentia que havia mais, mais do que tudo aquilo que a aguardava, sabia que tinha vivido muito, que havia ouvido muitas bocas, mas tinha certeza que algo maior estava sendo preparado para ela, sabia que havia muito mais para se viver. Embora soubesse que muito havia se feito, e até ali, o estágio evoluído seria quase um extremo, lutava pelo amor. Amava o movimento, amava os que falavam, e os que se calavam também, e muito mais os que não desistiam, continuavam adiando. Um fim proveitoso havia de chegar, e o fixo seria apenas o que ela possuía de melhor, suas raízes de ouro. Sua mania de circular jamais seria perdida, sabia que o sol iria nascer e se pôr sempre no mesmo lugar, mas ela, a cada dia que passasse, estaria em um lugar diferente, cultivando felicidade.

sábado, 3 de julho de 2010

Transbordou!

E dessa vez é como se eu gritasse, todos olhassem e não me vissem. Os sentimentos andam me consumindo de forma apavorante, de uma forma que eu não consigo controlar. Cansei de jogar minhas palavras ao vento, derramar minhas lágrimas ao solo, e até mesmo registrar momentos, continuarei os guardando para mim. Pode ser que continuem me machucando, me fazendo sangrar, mas prefiro me afogar em minhas verdades, do que deixar com que pisem nelas. Não sei ouvir pela metade, acredito no que me dizem, principalmente, quando os olhos sorriem juntamente com os lábios, mas dessa vez não, eles se fecharam como se um broto de rosa nunca mais fosse se abrir. Volto a deixar as contradições me consumirem e guiar-me, mas NUNCA me perdendo no que eu sou. Não grito frustrações e arrependimentos, apenas recomeço com um ponto final. Hoje, me esgoto profundamente, cansei de gritar, cansei de chorar, mas nunca de amar e sorrir, acredito que tudo isso seja o suficiente para nos fazer fugir, mas muito mais para nos ensinar que maturidade existe. Sinos de infinidade batem em meu coração, pretendo seguir. Meus passos pesados em direção a um futuro incerto, sempre foi assim. Mas nunca esquecerei o dia em que eles foram leves, quase inexistentes, a ponto de não sentirem mais o chão e me ajudassem a voar. Voando em direção ao desconhonhecido, era assim que eu sonhava. Continuo sonhando. Nuvens, ar puro, o céu azul cedendo lugar ao negro, e aqueles pingos de acalanto rodeando a luz-mãe. Um verde em que vejo e me apego, e sem dúvida, a sinfonia diária que é criada para meus ouvidos. Nada dos meus sonhos vão se evaporar, apenas caminho com mais segurança, apelando para sussuros e palavras fartas de pronúncias. Eu sempre soube como tudo iria correr depois do dia em que me disseram que contos de fadas não existem, mas acostumada a seguir segurando em mãos seguras, dessa vez as soltei, por passos deserrantes, segui meu coração e, mais uma vez, tropecei. Creio que levantarei em tempo, enquanto sento e conto-te um conto, meus olhos miram fuga e compreensão. Eu sei que o tempo me cederá horas mais agradáveis para falar de sentimentos, enquanto isso, voltarei a guardá-los em minhas gavetas.