
E não é que as palavras quase escaparam no momento em que não deveriam estar presas? Dessa vez, elas se contiveram, como todas as outras. Elas têm sede de vento, mas não, algo as impedem de jorrar impulsos, sentimentos. Elas voltavam todas para dentro como se nunca pudesse haver liberdade. Mas houve uma descoberta, e não faz muito. Dedos também sabiam falar, ou até mesmo, gritar, ainda mais, no silêncio dos pensamentos. Acreditavam que havia sinceridade nos registros, se não igualmente, mas mais do que o som. Ela só sabia expulsar o que a encomodava, ou a evoluir, com a ajuda das palavras escritas. Ênfase em algum sentimento que sabia fazer verdades, o tal que sabia quando palavras iriam surgir, ou até mesmo quando o coração iria pulsar emoções jamais conhecidas. No momento em que a angústia aparecesse, o sorriso iria se fazer logo em seguida, assim mesmo acontecia com a sua raiva, muito mais momentânea do que o sua própria essência. Em seguida, a admiração, a vontade de sempre estar perto. Ela pensava; 'É pecado acreditar na sinceridade do coração?' Sentimentos vêm e vão como ondas, ondas que chegam, encharcam sua alma de incertezas e logo vão embora como se nunca fosse olhar para trás, seguindo seu caminho. Talvez um dia volte e se lembre. Depois disso é só palavrear, é a maior intensidade que se pode encontrar. Na ousadia das palavras nasce conforto, compreensão, acalanto, e muito alívio....Palavreie.
*Escrevi do jeito que os sentimentos surgiram para mim. Sentimentos fartos de desconfiança, insegurança e, principalmente, com dificuldade de compreensão. Continuo palavreando, quem sabe um dia, eu saberei decifrar o que meu coração pulsa.
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