quinta-feira, 11 de março de 2010

A praça.


Me sentia quente, eu estava aquecida de emoções, minhas bochechas concentradas ficavam rosadas a medida que me aproximava. Eu estava rodeada de distintas expressões, minha fobia aumentava. Não era asco de multidões e sim uma vontade de estar só, apenas por aquele momento. Sabia que não seria possível, dessa vez, nada de egocentrismo. Minha obsessão pelas letras prontas havia voltado, eu apenas me sentei e fiquei a observar. A menina de mãos inocentes abraçava o pai recém chegado, a boca bruta cheia de marra gritava 'truco', os pés andarilhos cheio de experiência e vontade teciam arte e eu apenas resgistrava. Eu sabia que tudo aquilo fazia parte de mim. Meu coração só sabia bater no embalo do seu, por isso, pedi que sentasse ao meu lado e compartilhasse daquela ascenção. Já não era mais fobia, mas vontade de compartilhar sentimentos, relatos e ações. Diversas essências usurfruindo de um mesmo todo. Tudo e nada nos pertenciam. A única certeza que eu comportava era que o amanhã viria e, você faria parte dela. Fundindo os dois mundos que nos moviam, idéias e sentidos, voamos. O Sol cedia seu lugar à lua e das nossas palavras neblinadas resurgiu intensidade, não era conhecimento, era o próprio reconhecimento.
Novamente, eramos nós. Naquele instante, a infinidade e diversidade prevaleceram, e quando fosse parcialmente luz, o coreto não seria o centro.

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