sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Liberdade, até de cor.


Hoje eu vi uma flor, curiosa flor. Nem cheiro, nem cor, estagnada flor. Era estranho sua forma de mover-se, movia-se entrelaçada ao vento, se não, não existia movimento. Era hora de alimentar-se, ou continuava a ir e a voltar, ou a se perder. Soltava-se de si, como se nunca houvesse prendimento. Era só o vento bater que ela não saberia mais o que seria solidão. Resolvi oferecer liberdade. Pela primeira vez, algo libertava-se sem ser por si só. Assoprei, migalhas de pó branco espalharam-se sobre o céu aveludado, voavam, como se nunca mais fosse existir chão ou finidade. Coletividade, talvez um dia tivesse existido, mas agora, era só as cores de ser alguém que nunca tivesse sido, ver coisas que nunca tivesse visto e sentir novidades que nunca tivesse sentido. Era pura magia, oberservar a liberdade dos seres, as cores vivas. Senti que eu podia voar com elas, ou se não, de encontro a elas. Sabia que boas energias eram sopradas e eu só pensava em me misturar a tudo aquilo em que eu observava. Foi tão esplendoroso, que eu tive vontade de guardá-las para mim, mas através das palavras, faço cores minhas para que possam colorir o alheio. Apenas eu pude guardar o momento, mas continuo registrando com magia. Todos esperavam o amarelo, a luz que me fazia criar. Mas não, dessa vez, não havia cor, não havia nada que estivesse preso a algo, era só assoprar e pronto, tudo se fazia. Mas sabe...hoje eu vi uma flor.

Um comentário:

  1. Lizandra,

    Fui presenteada por um selo e, com ele, a oportunidade de presentear outras pessoas com um selo. Passe no blog para pegar teu selo :)

    Beijos,

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