domingo, 21 de fevereiro de 2010

Nas entrelinhas.


Era mais um dia de luz e nada causava descontentamento, começou a achar que de momentâneo aquilo passou a ser constante. Equanto a música acariciava seus ouvidos, a janela da alma devorava conhecimento, quanto mais adentrava àquele mundo, mais se afastava daquele onde tudo era fixo e imutável, defendia a idéia de que estaria em constante mutação e, o que fosse e como iria acontecer, cabia a ela decidir, tudo mudaria novamente. As árvores e os pássaros perteciam a um mesmo acorde, não sabia mais o que era céu e o que ere terra, sentia que pertencia aos dois, naquele momento tudo e todos eram amigos, a calma prevalecia. Aquele criador de idéias a fazia transcender, tudo era luz, cada vez mais, luz, não queria saber da caverna escura, 'amadurercer', ela dizia. Tudo acontecia ao mesmo tempo, e no auge da sensibilidade, ela sorriu, ela queria mais. Curiosa e, por fim, não convencida ela caminhava em direção ao desconhecido, desordem sem lei, ela repetia, sabia que a emoção estava inundando novamente, mas não deixava de prosseguir. Transformando suas idéias e sentimentos em inspiração, ação era a sua conclusão. O vento continuava a soprar e aquele estado hipnótico em que ela se encontrava parecia que seria algo eterno, o sorriso pregado em seu rosto fazia ser evidente o momento de prazer. As pessoas olhavam, nada a encomodava, ninguém deste mundo enchergava nada além do que haviam mostrado, a deixava feliz poder usurfruir de sua essência, ninguém a conhecia de verdade. Em qualquer momento, era uma menina, sentada em uma grama qualquer, lendo qualquer coisa, mas naquele presente, ela era A mulher, em um plano desconhecido, adquirindo vida. A vida boêmia teria sido transformada em brisas matutinas, mas em momento algum a lua deixava de brilhar.

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