sábado, 30 de janeiro de 2010

Abra a sua gaveta!

Senti medo daquela noite desprovida de estrelas, medo daquela inconstância, sentia falta da luz do céu, mais falta ainda da minha delicadeza diária, sabia que quanto mais as estrelas brilhavam, mais eu poderia mostrar o quanto eu acumulei das antigas vidas, sabia que algo havia mudado para sempre, sério, eu cresci, contradições internas eram só o que me restava. Antes disso, me escondia na gaveta, eu gritava e não me ouviam, depois, comecei a gritar com os olhos, com sinceridade as pessoas fingiam que me entendiam, senti que realmente estavam começando a me entender, foi aí que o pleonasmo me inundou. Um sexto sentido, seria? Não, eu apenas dei valor ao que realmente importava.

Na noite seguinte, as estrelas já estavam ofuscando brilho próprio, eu estava de vestido, não existia mais uma gaveta, a platéia já estava lotada, e eu sabia que jamais meus olhos ficariam cansados de falar. São coisas tão simples para serem colocadas em palavras, que eu sempre encontrei um forma de dizer através delas, o que tudo isso representava para mim. Por opção, eu sempre soube o que era solidão, mas agora eu só queria saber o que era ser companhia.

Meus mais sinceros abraços.

3 comentários:

  1. Já to me cansando de repetir sempre a mesma coisa hehe
    Você é perfeita!

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  2. Vc precisava do brilho das estrelas quando era apenas uma criança, hj vc é uma estrela que ilumina os satelites ao seu redor, acredite nisso, e viva a sua realidade

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  3. "mas agora eu só queria saber o que era ser companhia". :)

    Ah li vc sabe o quanto estamos admirando essa sua veia de escritora, como a ni disse, vc pode mudar o dia de muitas pessoa com o que vc escreve viu? Fã sempre, como eu ja disse!

    Maravilhoso!

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