domingo, 19 de setembro de 2010

Duas partes de um.

Eu ainda me sinto culpada por não conseguir deslizar enquanto grito de emoções. Meus gritos internos me ensurdecem de quase caos, e o pior é que são gritos momentâneos, mutados e pendulares, por isso, os contínuos vêm seguidos de caricaturas alheias. Além disso, junto com a indignação dos meus olhos, os pingos andam cessando a minha sede e enchendo minha angústia de fartura. Continuo criando e renovando emoções, e assim, revolucionando o meu ser. Cutuco e retruco com o com tudo que é superficial, e mesmo assim, consigo enchergar o que realmente me toca. Dias pisados e marcados de pura indiferença, mas quando tento me desafazer do que impostamente se desfez, tudo volta á tona, tona, tona, tona....tonTa, continuo assim. O dia termina e a manhã renasce, minha tentativa de deslizar sobre verdades alheias e o passado recente ainda me consome. Depois de tudo passar eu diria que as manhãs foram estranhas, com idéias me absorvendo e meus pensamentos turbinados de interrogação, perguntas respondidas em imediato de atenção. Mas o medo de pirar era quase ambíguo. Quando viessem me perguntar eu saberia responder, mas se as perguntas atingissem direto em mim, responderia com outra pergunta e, para variar quase nada, as pessoas me jogariam aquele olhar de que eu nunca teria uma explicação para adeterminada existência, de que a interrogação fosse eu. Afirmaria que os pensamentos são mutantes e, que as palavras foram criadas para nunca mais seram apagadas.

'Não me olhe assim', eu diria para aqueles olhos que me faziam uma interrogação. Gritavam quase em silêncio e eu, no meio termo, refazia a icógnita. Eu gostava de saber dos laços que seriam feitos quando nos trombassemos, a minha timidez pendular e a sua vontade ambígua....

Uma dose intrínseca de realidade e uma maior de imaginação.



Peço desculpas pela intolerância e uma quase revolução interna, é que ainda estou contaminada pelos textos de um tal de Marx....

2 comentários:

  1. Silêncio dentro da vontade de gritar. Dialética interna.

    Então está lendo Marx? O que está achando, Lizandra :D

    Beijos

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  2. Um verdadeiro dialético materialista, gostei do tipo de ousadia. :D

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