quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Tudo simples, nada complexo.

Era engraçado. Tudo o que ela havia pensado, ela teria feito ao contrário, era esse o seu segredo, contrariar, não seguir o padrão, ouvir aquilo das pessoas e se calar. Mas nada disso aconteceu, ela seguiu o modelo, ouviu, no entanto disse o que pensava, com certeza, foi o que a tornou diferente, diferente do padrão? Não, diferente na essência. Ela não dizia o que queriam ouvir, dizia o que estava disposta a falar, nunca pediu compreensão. Tudo o que fazia, era fugir de seus contos, enfrentava a realidade, era só o que podia fazer. Sonhar não era permitido, mas o que ninguém sabia é que ela realizava o que sonhava, ninguém notava e, se notavam, não questionavam. Ela vivia correndo para não sair do lugar, mas quando parou, chegou, abstração, era só que ela possuía, nada concreto. Não existia aquela paranóia de ser diferente, ela queria era ser igual. Nada de palavras difíceis, não combinava com nada daquilo que haviam lhe proporcionado, as pessoas a tachavam assim. As contradições inundavam suas idéias, mas nem por isso causavam sofrimento, nunca soube o que fora aquilo. A respeito da liberdade todos a questionavam, ela sabia exatamente o que significava aquilo, mas nunca a quis, todos a queriam, acabou tornando-se algo pequeno para ela. E quando o presente se tornou passado, ela só queria saber do futuro.Na madrugada vazia - não para ela, pois nada nunca foi vazio ou em vão - perguntaram o que tudo aquilo significava, ela apenas sorriu, sabia que era o que ela tinha de mais sincero. E isso nunca parou, nem quando ela abriu os olhos.

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